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Manifestação não fracassou, diz dirigente
DA SUCURSAL DO RIO
O dirigente da FLP (Frente de
Luta Popular) André Fernandes
disse que o fato de sua entidade
ser pouco conhecida nas comunidades influiu no pequeno número
de moradores de favela presentes
ao ato de anteontem no Rio.
"Ainda não temos muita penetração nas comunidades. Vamos
dar cursos de formação política
nas favelas a partir de setembro.
Mas não consideramos que tenha
havido um fracasso, pelo contrário, a FLP só existe há cinco meses", afirmou Fernandes.
Ele disse também que o movimento precisa "melhorar o trabalho de base" nas comunidades
pobres do Rio.
O fator mais importante, porém, segundo ele, teria sido "a intimidação" movida pelo governo
do Estado, com o anúncio de que
o ato seria filmado.
"Fiquei sabendo que, em várias
comunidades, a polícia ameaçou
ocupar a área caso os moradores
fossem ao ato", disse ele.
Fernandes disse que vai entregar ao relator da ONU sobre tortura, Nigel Rodley, um relatório
denunciando a atitude do governo contra a manifestação.
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