São Paulo, quinta-feira, 31 de agosto de 2000 |
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PANORÂMICA PARALISAÇÃO Funcionários que eram revistados em empresa do Rio voltam ao trabalho Os funcionários da fábrica de lingerie Marilan, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, voltaram a trabalhar ontem depois de mais de uma semana de paralisação das atividades. O que provocou a greve, de acordo com os funcionários, foram as revistas íntimas a que eram submetidos todos os empregados da empresa no final da jornada. Anteontem, aproximadamente 300 empregados da fábrica, entre homens e mulheres, fizeram uma manifestação em frente à sede do TRT-RJ (Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro), no centro da cidade, para protestar contra o constrangimento. No início da noite de anteontem, integrantes do Sindicato dos Alfaiates e Costureiras do Município, funcionários e os proprietários da empresa Marilan se reuniram numa audiência com a presença de um juiz do TRT-RJ para discutir o caso. De acordo com o presidente do sindicato, Amílcar Ferreira das Neves, os donos da Marilan assinaram um termo, segundo o qual se comprometem a não mais realizar a revista. "No final do dia, todos os empregados, homens e mulheres, eram obrigados a tirar toda a roupa para serem revistados", disse Neves. A revista íntima é considerada constrangimento ilegal e é proibida por lei. Com a decisão, os empregados, que estavam em greve desde o dia 22 deste mês, se comprometeram a voltar ao trabalho à 0h de ontem. Pela manhã, os 480 funcionários já estavam na fábrica da Marilan. De acordo com o presidente do sindicato, as negociações entre funcionários e a empresa de lingerie ainda vão continuar, já que os empregados reclamam que não recebem reajuste salarial há dois anos. (DA SUCURSAL DO RIO) Texto Anterior: Pimenta Neves possui porte de arma Próximo Texto: Crea investiga laudo da queda de edifício Índice |
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