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SS REFÉM
O governador Geraldo Alckmin e o secretário Marco Vinicio Petrelluzzi estiveram na casa; a Polícia Civil foi afastada do caso e abandonou as negociações para liberar o empresário
Autoridades atendem exigências
DA REPORTAGEM LOCAL
O sequestrador Fernando Pinto, 22, teve ontem todas as exigências que fez -cinco, no total-
atendidas pelas autoridades policiais de São Paulo.
Elas começaram cedo, quando,
de acordo com policiais do GOE
(Grupo de Operações Especiais),
ele exigiu que policiais civis se
afastassem da casa e abandonassem as negociações para liberação
do apresentador Silvio Santos.
À tarde, em entrevista coletiva,
o secretário da Segurança Pública,
Marco Vinicio Petrelluzzi, negou
que a polícia tenha acatado o pedido do sequestrador. "Ele não fez
nenhuma exigência", disse.
Segundo o secretário, a decisão
de afastar a Polícia Civil das negociações foi tomada por ele. Ele diz
que agiu dessa maneira porque
entendeu que, se houvesse uma
ação contra o sequestrador e ele
acabasse morto, poderia provocar especulações de que teria havido uma revanche pelo fato de
Fernando Pinto ter, no dia anterior, matado dois policiais civis e
ferido um terceiro.
A segunda exigência foi a presença, no local, do secretário e do
governador do Estado, Geraldo
Alckmin (PSDB). Ambos foram à
casa no começo da tarde e, em seguida, o sequestrador se rendeu.
Antes da rendição, porém, Fernando Pinto, com duas armas
apontadas para Silvio Santos,
apresentou mais três pedidos: que
não fosse levado para uma delegacia, sob guarda direta da Polícia
Civil; que sua família tivesse proteção; que pudesse tomar banho
antes de deixar a casa.
O banho foi imediatamente
concedido. As autoridades, então,
ligaram para o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, e determinaram que
uma vaga para o sequestrador
fosse preparada no COC (Centro
de Observação Criminológica),
para onde ele foi transferido.
Apesar de a negociação ter contado com a presença do governador, Petrelluzzi disse que o Estado
mantém a afirmação de que "o
governo não negocia com bandidos", pois "o princípio que norteou o governo foi o da preservação da vida". "Achamos que cumprimos com nossa obrigação e fizemos o que tinha de ser feito."
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