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Adversários evitam críticas diretas
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO
Prováveis adversários do governador Geraldo Alckmin (PSDB)
na sucessão estadual de 2002 evitaram críticas diretas a seu envolvimento pessoal no sequestro do
empresário Silvio Santos.
O presidente interino do PT e
pré-candidato do partido ao governo, José Genoino, afirmou que
Alckmin foi "compelido" a se envolver pessoalmente em razão do
"despreparo" da polícia.
"É lamentável que a falta de preparo da administração estadual
tenha obrigado o governador a se
expor dessa forma", afirmou.
O senador Romeu Tuma, pré-candidato pelo PFL, elogiou a iniciativa do tucano. "Não havia alternativa. Ele atendeu a um pedido do sequestrador para garantir
a vida de Silvio Santos", declarou.
Francisco Rossi (PL) não quis
comentar especificamente a atitude do governador. "Sem conhecer
os detalhes da situação, fica difícil
emitir uma declaração."
Ele afirmou, no entanto, que o
episódio tem "forte caráter simbólico". "É uma prova cabal da
submissão do Estado de Direito à
atividade criminosa."
Pré-candidato pelo PPB, Paulo
Maluf evitou comentar a participação de Alckmin no episódio.
"Estou na maior alegria que o caso tenha terminado bem e com o
Sílvio são e salvo." Orestes Quércia (PMDB) não foi localizado.
No Rio, o provável candidato
presidencial do PT, Luiz Inácio
Lula da Silva, disse que houve
muitas falhas no episódio. "Não
sei se houve inoperância demais
da polícia ou impetuosidade do
sequestrador."
Governadores
Dos governadores ouvidos pela
Agência Folha que opinaram sobre o desfecho do sequestro, nenhum discordou da atitude de
Alckmin. A assessoria de imprensa do governador do Ceará, Tasso
Jereissati (PSDB), citou uma ocasião na qual ele colaborou para resolver um sequestro, em 1994.
César Borges (PFL), da Bahia,
disse que "em casos circunstanciais, e atendendo solicitação dos
negociadores", não é contra a presença de um governador para solucionar um sequestro.
Itamar Franco (PMDB), governador de Minas Gerais, informou
não querer comentar o caso.
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