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MEMÓRIA
Estudante foi morta após ser feita refém em ônibus
DO BANCO DE DADOS
Num dos casos de sequestro
com cerco policial de maior repercussão, a estudante Geísa
Gonçalves, 20, foi morta após ser
feita refém em um ônibus, na zona sul do Rio, no ano passado.
Sandro do Nascimento, 21, tentou assaltar o ônibus da linha 174
e fez dez reféns quando a polícia
cercou o veículo.
Depois de mais de quatro horas de negociação, Nascimento
deixou o ônibus usando Geísa
como escudo. Um policial atirou
contra o sequestrador, errou e
acabou atingindo Geísa no queixo. Nascimento atirou três vezes
contra a estudante, que morreu.
Ele também morreu, por asfixia,
durante seu transporte num carro da PM até o hospital.
Em 1995, outro sequestro ganhou destaque pela ousadia do
sequestrador. Leonardo Pareja,
21, assaltou o publicitário Paulo
Viana, em Salvador (BA), e fez
refém sua filha Fernanda, 13. Depois de manter a garota sob a mira de uma pistola por 58 horas
em um hotel de Feira de Santana
(BA), trocou a menina por um
comerciante e fugiu.
Driblou a polícia por 39 dias e
entregou-se à Justiça. Preso, Pareja liderou, em março de 1996,
uma rebelião no Cepaigo, em
Aparecida de Goiás (GO), em
que foram feitos 28 reféns, entre
eles membros da cúpula do Judiciário do Estado. Depois de seis
dias amotinados, Pareja e mais
50 presos fugiram, levando seis
reféns. Cercado pela polícia, acabou se entregando em um posto
de gasolina em Porangatu (GO).
Reconduzido à penitenciária,
Pareja foi morto por um outro
detento, em dezembro de 1996.
Em 1990, a professora Adriana
Caringe, 24, foi morta por um
atirador de elite da PM paulista
depois de um cerco policial de
cinco horas à casa dos pais dela.
Dois assaltantes invadiram a
casa de Pedro Caringe, em Pompéia (zona oeste), e fizeram oito
reféns. Com a chegada da polícia,
os assaltantes passaram a fazer
exigências para a fuga e mantiveram Adriana e seus pais sob a mira de revólveres.
Um atirador da PM, posicionado fora da casa, disparou um tiro
de fuzil contra o assaltante, mas a
bala atingiu também Adriana,
que morreu no hospital.
Em Goiânia, em 1989, o sequestro do menino Said Agel Filho, 9,
terminou com a fuga de quatro
dos oito sequestradores. O menino foi sequestrado quando brincava em frente a sua casa. Descoberto o cativeiro, a polícia trocou
tiros com os sequestradores, matou um deles e prendeu outros
três. Os sequestradores que restaram libertaram o menino em
troca de duas jornalistas de televisão que cobriam o caso e fugiram em um carro-forte.
A perseguição se arrastou pelas
estradas de São Paulo até chegar
ao Paraná. Faltou gasolina para
os carros da polícia, e os policiais
tiveram de emprestar armas.
Os sequestradores soltaram os
reféns no Paraná e pediram um
helicóptero para a fuga. O aparelho quebrou, e eles receberam
um avião para fugir. Tentaram
pousar no Paraguai, mas foram
repelidos a tiros. Voltaram para
o Brasil, pousaram em Toledo
(PR), roubaram um carro e fugiram em direção ao Paraguai.
Nunca foram encontrados.
Em 88, após um assalto frustrado a uma agência do Banco do
Brasil em Goio-Erê (PR), dois ladrões mantiveram o gerente do
banco refém por 145 horas. Depois de negociarem, eles trocaram o gerente por um padre e
uma freira e fugiram. Depois de
um cerco, um dos assaltantes
morreu e outro foi preso.
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