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Governo nega que atendeu pedidos
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo,
Marco Vinicio Petrelluzzi, negou
que o governo tenha atendido às
exigências do sequestrador Fernando Dutra Pinto.
"Ele não fez nenhuma exigência", disse o secretário. Petrelluzzi
afirmou que o sequestrador não
exigiu o afastamento da Polícia
Civil das negociações nem determinou o local para o qual queria
ser transferido após se render.
Segundo o secretário, a decisão
de afastar a Polícia Civil das negociações foi tomada por ele. Ele diz
que agiu dessa maneira porque
entendeu que, se houvesse uma
ação contra o sequestrador e ele
acabasse morto, poderia gerar especulações de que teria havido
uma revanche pelo fato de Fernando Pinto ter matado, no dia
anterior, dois policiais civis e ferido gravemente um terceiro.
"Pedi ao [Marco Antonio" Desgualdo [delegado-geral da Polícia
Civil" para retirar seus policiais
para o bom andamento do caso."
Petrelluzzi afirmou que, em casos como esse, onde existe refém,
o comum é somente uma das polícias assumir o comando das negociações para o sequestrador ter
confiança no interlocutor e facilitar as conversações.
Sobre a presença de Geraldo
Alckmin na casa do apresentador
Silvio Santos, o secretário afirmou
que, depois de uma discussão
com integrantes das polícias Civil
e Militar e com assessores do governador, o grupo chegou à conclusão de que a ida de Alckmin
"seria a melhor solução".
Apesar de a negociação ter contado com a presença do governador, Petrelluzzi disse que o Estado
mantém a afirmação de que "o
governo não negocia com bandidos", pois "o princípio que norteou o governo foi o da preservação da vida". "Achamos que cumprimos com nossa obrigação e fizemos o que tinha de ser feito."
Petrelluzzi disse ainda que o governo "não cede a exigências que
coloquem em risco a sociedade e
não negocia fuga ou soltura de
presos". Para o secretário, o fato
de o sequestrador ter sido encaminhado ao COC não é nenhum
desrespeito às normas de negociação. "O importante é que a vítima está bem e o marginal, preso."
Para Petrelluzzi, se o sequestrador fosse para o 89º DP "e um tijolo caísse em sua cabeça, matando-o, poderiam dizer que a Polícia
Civil foi a responsável".
O secretário encarou como normal o pedido do sequestrador de
tomar banho e trocar de roupas
depois que havia se entregado.
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