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Família diz que houve
negligência no socorro
DO "AGORA"
Para a família de Maria Eroina
da Silva, houve negligência do
Metrô no atendimento às vítimas
de intoxicação, ontem pela manhã, entre as estações Marechal
Deodoro e Barra Funda.
Segundo o representante de
vendas Clóvis Tavares, 36, filho de
Maria Eroina, a morte de sua mãe
ocorreu em razão da falta de atendimento médico no local e por
causa da demora na remoção das
pessoas intoxicadas.
Maria Eroina, 56, morreu ontem de parada cardiorrespiratória
depois de aspirar a fumaça vinda
do curto-circuito dos trilhos do
metrô. Outras 26 pessoas também
foram intoxicadas.
O acidente aconteceu às 5h15.
As vítimas chegaram ao pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia, em Santa Cecília, às 5h55.
"Se ela [Maria Eroina" tivesse
recebido atendimento no metrô,
talvez ainda estivesse viva", afirmou Clóvis Tavares, admitindo
que a família ainda não decidiu se
irá processar o Metrô.
De acordo com a chefe do pronto-socorro da Santa Casa, a médica Sandra Regina Sprovieri, Maria
Eroina deu entrada no hospital
com parada cardiorrespiratória.
Porém, diz ela, os médicos tentaram, sem sucesso, reanimá-la.
Outras 22 vítimas de intoxicação foram submetidas a exames
de raio-X e receberam inalações
antes de serem liberadas.
Segundo Maria Doralice Ramos
de Souza, 23, uma das vítimas do
acidente, após os passageiros quebrarem as janelas, as portas do
trem se abriram, permitindo que
as pessoas deixassem os vagões.
Fora do trem, diz ela, os passageiros, entre eles Maria Eroina,
começaram a andar pelo túnel
sem a ajuda dos funcionários.
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