São Paulo, sexta-feira, 31 de agosto de 2001

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Família diz que houve negligência no socorro

DO "AGORA"

Para a família de Maria Eroina da Silva, houve negligência do Metrô no atendimento às vítimas de intoxicação, ontem pela manhã, entre as estações Marechal Deodoro e Barra Funda.
Segundo o representante de vendas Clóvis Tavares, 36, filho de Maria Eroina, a morte de sua mãe ocorreu em razão da falta de atendimento médico no local e por causa da demora na remoção das pessoas intoxicadas.
Maria Eroina, 56, morreu ontem de parada cardiorrespiratória depois de aspirar a fumaça vinda do curto-circuito dos trilhos do metrô. Outras 26 pessoas também foram intoxicadas.
O acidente aconteceu às 5h15. As vítimas chegaram ao pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia, em Santa Cecília, às 5h55.
"Se ela [Maria Eroina" tivesse recebido atendimento no metrô, talvez ainda estivesse viva", afirmou Clóvis Tavares, admitindo que a família ainda não decidiu se irá processar o Metrô.
De acordo com a chefe do pronto-socorro da Santa Casa, a médica Sandra Regina Sprovieri, Maria Eroina deu entrada no hospital com parada cardiorrespiratória. Porém, diz ela, os médicos tentaram, sem sucesso, reanimá-la.
Outras 22 vítimas de intoxicação foram submetidas a exames de raio-X e receberam inalações antes de serem liberadas.
Segundo Maria Doralice Ramos de Souza, 23, uma das vítimas do acidente, após os passageiros quebrarem as janelas, as portas do trem se abriram, permitindo que as pessoas deixassem os vagões.
Fora do trem, diz ela, os passageiros, entre eles Maria Eroina, começaram a andar pelo túnel sem a ajuda dos funcionários.



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