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'Abortei, mas fiquei frustrada e com culpa'
da Reportagem local
A decisão de abortar da auxiliar
de escritório Cristiane Tashiro de
Souza, 21, não foi exatamente dela,
nem do pai da criança."Quem me
convenceu a abortar foi minha
mãe. Ela ficou desesperada."
Cristiane conta que, para o pai da
criança, tanto fazia ter ou não o filho. "Ele não estava nem aí. Eu, no
começo, queria ter, mas minha
mãe me fez ver que era muita responsabilidade."
Ela diz que chorou muito depois
da cirurgia. "Na hora eu não senti
nada, porque foi muito rápido.
Mas, depois, quando passou o
efeito da anestesia, me deu uma
solidão horrível. Passei um bom
tempo deprimida."
Para Cristiane, o pior foi a sensação de culpa. "Gerar uma criança
é a coisa mais linda do mundo. Fiquei muito frustrada, mesmo reconhecendo que não tinha condições de criar aquele filho."
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