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Serra diz que é o fim da fumaça em vôo
da Reportagem Local
O ministro José Serra, da Saúde,
disse que a medida provisória que
trata do fumo em aviões "significa
a proibição total do cigarro em todos os vôos". A MP só permite o
fumo em espaços completamente
isolados.
"Como acho muito difícil criar
uma área isolada dentro dos
aviões, significa que não teremos
mais fumaça nos vôos", disse o
ministro, ontem, em São Paulo.
Serra afirmou que as empresas
têm o direito de construir "fumódromos" isolados em suas aeronaves, mas terão de provar a eficiência do sistema.
"Não acredito que se consiga isso, pois a fumaça terá de ser retirada e o ar renovado. Mas se alguma empresa quiser fazer, terá de
provar. Os técnicos da Vigilância
Sanitária inspecionarão esses espaços antes de eles serem liberados. Se forem, de fato, isolados, os
fumantes poderão viajar na área
sufocante."
A TAM é a única empresa aérea
nacional que possui aeronaves
com espaços reservados para fumantes que, teoricamente, poderia atender às exigências da lei.
Quatro dos seus aviões já estão
voando com esses "fumódromos" (leia texto abaixo).
O ministro afirmou que a medida provisória confirma a decisão
judicial em vigor que proibia o fumo em todos os vôos. Como medida provisória, a decisão não poderá ser questionada por outros
recursos jurídicos.
O isolamento da área de fumantes já estava em vigor por uma decisão da Justiça Federal do Rio
Grande do Sul de 22 de outubro
do ano passado. A medida foi acatada sem restrição por todas as
empresas brasileiras.
De acordo com a liminar, caberia às empresas fazer adaptações
em suas aeronaves de forma a impedir a circulação da fumaça.
Até então, prevalecia a prática
de se reservar aos fumantes os assentos do final do avião, o que não
impedia que a fumaça se espalhasse por toda a cabine.
"O que fizemos agora é uma
conquista para a saúde de todos",
disse Serra. "Levamos meses para
conseguir isso. Todos os vôos em
território nacional, e todas as
companhias, nacionais e estrangeiras, estão sujeitas às determinações da medida provisória."
(AURELIANO BIANCARELLI)
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