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Projeto custaria mais de US$ 100 mi
da Reportagem Local
A criação de uma área específica
para fumantes nas aeronaves em
uso hoje pelas empresas nacionais é inviável economicamente.
Um estudo técnico divulgado
no fim do ano passado pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNA) aponta que um
fabricante gastaria pelo menos
US$ 100 milhões para desenvolver
um novo projeto que impeça a
circulação da fumaça.
E, mesmo que uma empresa estivesse disposta a adequar suas
instalações, todo o processo demoraria, no mínimo, três anos
-entre testes e aprovação dos órgãos competentes.
Para adequar uma aeronave, seria preciso modificar todas as tubulações, os dutos e a arquitetura
do avião. Isso porque o ar dentro
da aeronave circula por todos os
compartimentos do avião.
De acordo com o estudo, as modificações implicariam também
adaptações no sistema de pressurização, que garante que a pressão
do ar dentro da aeronave seja
igual à do solo.
Uma parede isolando um compartimento não seria suficiente
para barrar a circulação da fumaça. Haveria a necessidade, por
exemplo, de instalação de um sistema duplo de ar-condicionado.
Um outro problema apontado
pelas empresas aéreas é o fato de
grande parte da frota ser adquirida por meio de leasing (espécie de
aluguel com opção de compra ao
final do contrato).
Ao fazer um investimento tão
alto para adequar a aeronave, as
empresas questionam se receberiam de volta, do fabricante, o valor investido caso resolvessem devolver o avião.
TAM
A TAM é a única empresa nacional que possui em sua frota
quatro aviões já adaptados com
área para fumantes. São quatro
Airbus A-330/200 equipados com
um sistema de exaustão especial
para sugar a fumaça, impedindo
sua circulação pela cabine. A área
fica localizada entre a primeira
classe e a executiva.
Com base na nova MP, hoje, no
país, esses são os únicos aviões em
que passa a ser permitido fumar.
As empresas aéreas preferiram
não se manifestar antes de serem
notificadas pelo DAC (Departamento de Aviação Civil).
(PRISCILA LAMBERT)
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