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OUTRO LADO
Instituição tenta encontrar culpados
da Reportagem Local
O presidente da Febem, Eduardo Roberto Domingues da Silva,
afirmou que a instituição tem
procurado "encontrar os culpados" por atos de violência nas
unidades de jovens infratores.
Ele disse que, desde o início do
ano, a direção da Febem já ouviu
1.066 funcionários suspeitos de irregularidades. "Já tivemos 14
afastamentos e oito demissões
por justa causa", afirmou.
"A violência não é a nossa diretriz. Apuramos com rigor toda informação de agressão", disse o
presidente da Febem.
Segundo ele, a superlotação é
um dos principais fatores de problemas como a violência. "A Justiça tem determinado muitas internações", justifica.
Silva disse que também tem encontrado dificuldade em construir os miniinternatos no interior do Estado, em razão da "resistência" de prefeitos.
O presidente disse que a duplicação de vagas (de 1.500 para
3.000) não foi suficiente para conter o aumento de internações.
Representação
Três promotores da Infância e
da Juventude da capital entraram
ontem com uma representação
na Justiça pedindo melhorias no
complexo da Imigrantes da Febem e o afastamento de Eduardo
Roberto Domingues, cujo mandato termina hoje. Ele pode ser reconduzido ou não ao cargo pelo
governador Mário Covas.
Segundo o promotor Wilson
Ricardo Coelho Tafner, a ação foi
movida em razão das "graves irregularidades" constatadas em visita a unidades da Imigrantes, no
último dia 23. Na ocasião, promotores e juízes encontraram mais
de 60 objetos que seriam usados
para torturar jovens infratores internados no local.
"Acho que é uma providência
de efeito, pois estou no fim do
mandato", disse Silva. Além dele,
a representação pede o afastamento de três diretores do complexo da Imigrantes.
(AL)
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