São Paulo, Domingo, 31 de Outubro de 1999
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Projeto cuida de prematuros

especial para a Folha

Preocupados com o desenvolvimento do bebê prematuro fora do útero, enfermeiras e fonoaudiólogas do Hospital da Criança-HNSL, desenvolveram um programa especial de cuidados.
O Projeto Canguru, inspirado em experiência colombiana que enrola os prematuros em roupas e os amarra ao corpo da mãe, prevê acompanhamento das mães à crianças que nasceram antes do tempo.
As mães têm livre acesso à UTI onde seus filhos estão internados, para que possam tocá-los e falar com eles. Há ainda uma sala para quem quiser dormir no hospital.
Tão logo a criança supere a necessidade de aparelhos para respirar, a mãe tem autonomia para tirar a criança da incubadora e ficar com ela no colo. Vestidas com uma roupa especial, formando a bolsa aonde o bebê se acomoda, elas aquecem o filho.
Segundo a fonoaudióloga Denise Lopes Madureira, uma das responsáveis pela UTI infantil do hospital, o prematuro tem dificuldade de manter a temperatura do corpo em 36º, o que dificulta o ganho de peso, além de torná-lo mais vulnerável a doenças. "O fato de ficarem em contato com o batimento cardíaco das mães, faz com que eles se movam mais, o que estimula a procura do seio."
Denise Berte Goulart teve sua filha Maraia Gabriela há 50 dias, com com seis meses e meio de gestação. Ela fica 24 horas por dia ao lado da criança, amamentando-a de duas em duas horas.


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