São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2004

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Duas casas estão em ruínas, apesar de tombadas

DA REPORTAGEM LOCAL

Das outras nove casas bandeiristas existentes em São Paulo, duas estão praticamente em ruínas, apesar de tombadas pelos órgãos de preservação estadual e municipal. Uma delas é a casa que deu origem ao bairro do Itaim Bibi, na zona sul de São Paulo, localizada na avenida Faria Lima -um dos endereços mais caros da cidade.
No terreno, foi construído um estacionamento. A Promotoria do Meio Ambiente chegou a entrar com uma ação contra o proprietário para que a casa fosse restaurada, mas, até hoje, o projeto de restauro, feito pela arquiteta Helena Saia, não saiu do papel.
Quando foi tombado, em 1982, o casarão ainda estava conservado. Sua proprietária, a empresa Bela Vista S.A., pertencia ao megainvestidor Naji Nahas. Procurada pela reportagem, a empresa respondeu que aguarda autorização do Depave (Departamento de Parques e Áreas Verdes) para retirar as árvores do local e dar início ao processo de restauro. No Depave, porém, foi dito que não há nenhum pedido para retirada de árvores no local. A empresa não informou o número do protocolo, para nova checagem.
A outra casa bandeirista que, segundo a arqueóloga Lúcia Giuliani, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, está em ruínas fica em Ermelino Matarazzo (zona leste). A reportagem não conseguiu, porém, encontrar os proprietários do imóvel.
Além dessas duas, diz Giuliani, há uma casa bandeirista privada, em bom estado de conservação, e as casas museus, ligadas ao DPH (Departamento do Patrimônio Histórico).
São elas a Casa do Bandeirante (no Butantã), a Casa Sertanista (no Caxingui), a Casa do Tatuapé, as do Sítio da Ressaca (Jabaquara) e do Sítio Morrinhos e a casa do Grito (Ipiranga).
"Na época do aniversário dos 400 anos da cidade, houve um trabalho muito grande em relação a essas casas", afirma Maria Cristina Oliveira Bruno, diretora da divisão de iconografia e museus do DPH. Segundo ela, todas essas casas serão ligadas ao Museu da Cidade, que deve abrir em janeiro do ano que vem, no Palácio das Indústrias (zona central).

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