LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Reportagem Local

Três jovens foram assassinados a tiros na madrugada de ontem, duas horas depois de saírem do 35º DP (Distrito Policial), no Jabaquara (zona sudoeste). Essa é a 89º chacina ocorrida na Grande São Paulo neste ano.
A polícia atribui o crime a uma briga entre gangues que, há cerca de sete meses, travam uma guerra para assumir o comando do tráfico de drogas nas favelas Vietnã e Souza Dantas, no Jabaquara.
A estudante Monique Souza Coelho, 14, Ronaldo Souza Freitas, o Zóio, 17, e Ricardo Pereira Paz, o Macarrão, 20, que seriam da turma da favela Souza Dantas, foram mortos na avenida Engenheiro George Corbisier, às 2h15.
Por volta de 0h30, eles estiveram na delegacia porque Monique e a balconista Erika Skan, 19, haviam sido detidas por porte ilegal de arma. Como o revólver calibre 38 foi encontrado na cintura de Erika, Monique foi liberada.
A balconista, que foi indiciada por porte ilegal de arma, afirmou que a amiga fazia parte de uma quadrilha de roubo de carros e tinha saído da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) no dia 20 de novembro, depois de passar duas semanas internada.
Erika nega qualquer envolvimento com os roubos. "Ela estava comigo aqui na delegacia e não parecia assustada. Não sei quem fez isso", disse.
Duas equipes da polícia estão investigando o caso e a participação de Monique em outros crimes.
A polícia apura ainda uma possível ligação desse crime com o assassinato do assistente técnico Luciano Aparecido Prado, 20, que também morreu ontem, por volta da 0h, na rua Iboti, próxima ao local da chacina. Os laudos do IML (Instituto Médico Legal) serão entregues à polícia em 30 dias.



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