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Indústria deve faturar R$ 275 milhões
da Reportagem Local
A obrigatoriedade do kit de primeiros socorros deverá movimentar inicialmente um mercado de
R$ 275 milhões a partir de amanhã. O cálculo leva em conta uma
frota nacional de 27,5 milhões e o
valor médio de R$ 10 para um kit
de primeiros socorros.
O valor que vai ser movimentado pela indústria dos kits é suficiente para comprar 3.400 veículos de resgate, como os usados pelo Corpo de Bombeiros.
Os kits passaram a ser vendidos
em farmácias, bancas de jornais e
por vendedores ambulantes em
cruzamentos de ruas e avenidas.
Os valores vão de R$ 5 até R$ 25,
no caso dos kits de luxo, com lanternas, utensílio para respiração
boca a boca e manual de primeiros
socorros. A variação é de 400%.
A procura está sendo tão grande
que São Paulo registrou uma falta
de kits nesta semana. A Folha procurou o estojo montado por empresas especializadas em quatro
farmácias da região central e zona
oeste da cidade. Apenas uma ainda tinha o produto.
Além da multa de R$ 115, o motorista que não tiver o kit de primeiros socorros em local de fácil
acesso do carro pode ter o carro
apreendido, de acordo com o Detran (Departamento Estadual de
Trânsito) de São Paulo. Isso exclui
o porta-malas.
O infrator também receberá cinco pontos no prontuário. Ao somar 20 pontos, o condutor pode
ter a carteira de habilitação suspensa. A punição varia de 1 a 12
meses.
No caso de ser flagrado sem o kit
em um bloqueio, o motorista terá
de ir à uma farmácia ou uma loja
para comprar o produto.
Segundo o Denatran, o motorista não precisa comprar um estojo
especial para colocar os itens que
compõem o kit. Basta uma bolsa
plástica que permita um acondicionamento adequado.
O Procon de São Paulo orienta
os consumidores a checar se todos
os produtos estão de acordo com o
que pede o Denatran.
O motorista pode comprar os
itens separadamente. O único obstáculo é que muitas farmácias não
têm todos os produtos.
As indústrias automobilísticas
são obrigadas a incluir o kit de primeiros socorros nos veículos fabricados a partir de 1º de janeiro.
(GN)
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