da Sucursal de Brasília

O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Reginaldo de Castro, divulgou ontem nota que condena a transferência dos sequestradores argentinos, chilenos e canadenses a seus países de origem. Ele considerou "lamentável" o episódio.
"A situação extremamente delicada a que chegamos deve-se à postura hesitante que o governo brasileiro adotou diante das pressões exercidas para a liberação do casal canadense", diz a nota. "O governo brasileiro criou uma classe de criminosos nascidos no Primeiro Mundo, relegando aos demais infratores a permanência nas celas do Carandiru."
"Se o Brasil é a primeira das nações a desrespeitar as legítimas decisões de seu Judiciário, como poderá exigir que outros países tenham respeito pelas nossas deliberações?", indagou Castro.
O secretário nacional de Direitos Humanos, José Gregori, reagiu à nota. "Lamentável é a nota da entidade. Qual a ajuda que a OAB deu em todo o processo?". Segundo ele, acordos de transferência de presos são adotados por países de Primeiro Mundo e recomendados pela ONU.



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