MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local

Após dois anos de administração Pitta, a Secretaria das Administrações Regionais reconheceu problemas na operação Tapa-Buracos. O secretário Domingos Dissei disse ontem que, para tentar melhorar a qualidade dos serviços, vai deslocar engenheiros da secretaria para fiscalizar os reparos.
A Folha percorreu ruas de bairros de quatro regiões da cidade (norte, centro, sudoeste e sul) e constatou que buracos tapados recentemente estão novamente abertos em virtude da má qualidade dos serviços (executados por empreiteiras) e do asfalto (reprovado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas, em agosto).
"Eu não estou satisfeito. Faremos uma fiscalização bem mais rigorosa e vamos multar as empresas", disse Dissei.
Ontem, o secretário mandou multar as empreiteiras que prestam serviços às regionais de São Matheus (sudeste) e Jabaquara (sudoeste), que trabalharam ontem com uma equipe a menos que o estipulado por contrato.
Atualmente cinco empresas, com 102 equipes, prestam serviços à SAR para a operação Tapa-Buracos usando o asfalto produzido pelas usinas da prefeitura.
A SAR gastou R$ 17,6 milhões até novembro deste ano para tapar 762.059 buracos, 50,35% mais que os 506.843 do ano anterior.
Em algumas regiões, a situação é caótica, como no Parque Santo Antônio (zona sul), onde comerciantes taparam buracos de uma rua com concreto (leia abaixo).
Áreas do centro da cidade também apresentam problemas, como o viaduto Diário Popular, que contorna a prefeitura.



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