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Verão terá menos temporais, dizem meteorologistas

Por causa do calor menor, frentes frias do Sul do país vão proporcionar chuvas mais constantes e menos intensas

Água caindo em dias seguidos aumenta as chances de haver deslizamentos de terra causados por infiltrações

DE SÃO PAULO

As previsões dos institutos de meteorologia indicam que o verão, que começa no próximo dia 22, às 3h30, não será excessivamente quente.

Sem energia em excesso na atmosfera, quem vai regular mais as chuvas no período são as frequentes frentes frias vindas do Sul do país, dizem os meteorologistas.

Como esses sistemas podem agir durante dias sobre a capital, as chuvas tendem a ser mais constantes e generalizadas. E menos fortes, em pancadas.

A meteorologia, porém, trabalha com tendências. Não estão descartados temporais de fim de tarde, provocados pela grande elevação de temperatura.

Em São Paulo, por causa do concreto, as tempestades se formam mais rapidamente. E elas podem voltar a ocorrer durante o verão.

O mais provável, entretanto, são dias chuvosos seguidos, aqueles que aumentam o risco de deslizamentos de terra por causa da infiltração de água nos morros em áreas de risco da região metropolitana de São Paulo.

De acordo com o meteorologista da Somar Marcio Custódio, a culpa é do fenômeno La Niña -processo que resfria a atmosfera e traz impactos no tempo de todo o globo terrestre. É ele que está em ação neste momento.

No Brasil, anos de La Niña não trazem verões com calor duradouro, diz o meteorologista. "Isso pode frustrar as férias de muita gente", diz.

Segundo ele, o próximo verão pode trazer prejuízos para o comércio de produtos da estação como sorvetes, bebidas e roupas.

A consequência do La Niña já foi sentida em dezembro. No dia 2, São Paulo teve a tarde mais fria do mês em 20 anos. A marca ficou por volta dos 16ºC.

Nas últimas semanas dias nublados e com chuvas leves também predominaram em relação ao tempo aberto.

As temperaturas e a quantidade de chuva devem ficar dentro da média histórica para o período na região Sudeste, dizem os institutos de previsão do tempo.

Porém, o mesmo não deve ocorrer nos dois extremos do país, informa o boletim trimestral emitido pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Na região Norte deve chover acima da média entre dezembro e março.

Enquanto isso, no Sul, a chuva deve ficar abaixo da média. A situação de seca, já vivida nesta região no final da primavera, deve continuar predominando.

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