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Francisco de Assis Pereira (1935-2011)

Defendeu a beatificação dos mártires do RN

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

A organização e o perfeccionismo do monsenhor Francisco de Assis Pereira o transformaram num dos maiores historiadores do catolicismo no Rio Grande do Norte.

Doutor em filosofia e teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, gostava mesmo era de ajudar a conservar a memória da arquidiocese do seu Estado natal.

Um dos trabalhos que mais lhe davam orgulho era ter sido o postulador da beatificação dos mártires de Cunhaú e Uruaçu -cerca de 150 pessoas que foram mortas por índios no século 17 no RN, em dois massacres comandados por holandeses. Apenas os 30 identificados pelos historiadores, porém, viraram beatos, em 5 de março de 2000.

Sacerdote desde os 23 anos, assumiu vários cargos na igreja, mas também deu aulas de grego, latim e teologia no Seminário de São Pedro, em Natal, e ajudou a implantar o curso de filosofia da UFRN (Universidade Federal do RN), do qual foi coordenador.

Em 2007, dois anos antes do centenário da Arquidiocese de Natal, decidiu organizar os documentos da entidade e fundou um arquivo histórico. Pretendia ainda criar um memorial para os mártires de Cunhaú e Uruaçu e um centro cultural da igreja, já que guardava muitos documentos importantes em casa.

Parte do seu tempo ele dedicava à Academia Brasileira de Hagiologia (estudo dos santos) e ao Instituto Histórico e Geográfico do RN.

Nas horas de folga, gostava de ler e ouvir música -até compôs canções sacras.

Há dois meses descobriu um câncer de garganta. Morreu na terça-feira (13), aos 76. Deixa um irmão e sobrinhos.

coluna.obituario@uol.com.br

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