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Com depoimento, assassino de Eloá tenta reduzir pena

Ao dar sua versão pela primeira vez, réu tentou desqualificar maior parte dos crimes de que é acusado

Rapaz assumiu ter matado Eloá, mas disse que disparou sem pensar quando polícia invadiu apartamento

DE SÃO PAULO

Ao dar sua versão dos fatos pela primeira vez ontem, em depoimento no tribunal do júri, Lindemberg Fernandes Alves tentou desqualificar a maior parte dos crimes dos quais é acusado.

Assim, tenta ver sua pena de prisão reduzida -ela pode ficar entre 34 e 110 anos.

Ele assumiu a autoria de dois dos principais crimes dos quais é acusado, que, somados, levariam a uma pena que ficaria entre 8 e 28 anos.

Lindemberg é acusado de homicídio qualificado da estudante Eloá Pimentel, duas tentativas de homicídio e cinco cárceres privados -Nayara Rodrigues da Silva, que voltou ao apartamento depois de liberada, é contada duas vezes.

O rapaz assumiu ter matado Eloá, mas disse que atirou sem pensar quando a polícia invadiu o apartamento.

Também tentou desqualificar esse crime, cuja acusação traz dois agravantes: matar por motivo torpe (ciúme) e sem chance de defesa à vítima (que estava deitada no momento dos tiros).

Com as duas qualificadoras, a pena seria de 12 a 30 anos de reclusão.

Para provar que nunca quis matar Eloá, ele disse que pretendia se entregar o tempo todo. Afirmou, inclusive, que mandou que a menina vestisse um tênis e um agasalho para que eles saíssem do apartamento juntos.

Com isso, ele tenta a condenação por homicídio simples (pena de 6 a 20 anos), que se somaria a um único cárcere privado (2 a 8 anos).

Lindemberg afirmou ainda não se recordar de atirado em Nayara, o que desqualificaria a tentativa de homicídio contra ela. Levantou-se a suspeita de que ela pudesse ter sido atingida por tiros disparados pelos próprios policiais.

Lindemberg também afirmou que não atirou no policial Atos Valeriano, já que não tinha visão da localização dele. Os tiros que disparou, de acordo com ele, foram em direção ao pátio do condomínio para afastar as pessoas do prédio.

O rapaz assumiu o cárcere privado de Eloá. Mas disse que os outros adolescentes -Nayara, Victor de Campos e Iago de Oliveira podiam entrar e sair quando quisessem.

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