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Estratégica, atuação de advogada gera polêmica

DE SÃO PAULO

Os cabelos pretos, longos e volumosos da advogada Ana Lúcia Assad renderam a ela o apelido de "Amy Winehouse" entre jovens estudantes que assistem ao julgamento de Lindemberg.

Dramática, a advogada de 35 anos tem incitado polêmicas ao longo dos três dias de júri. Discute com frequência com a acusação e ofendeu a juíza Milena Dias, ao dizer que ela deveria voltar a estudar. Depois, desculpou-se.

A cada pergunta indeferida pela juíza, pede para que seja registrado em ata, interrompendo o julgamento.

A atitude tornou-se tão comum que a plateia fica impaciente após cada interjeição.

Chegou a levar um colete à prova de balas para o plenário para reforçar o argumento de que se sentia ameaçada por populares na porta do fórum, que a vaiaram e ofenderam. E pediu escolta policial para ir a um restaurante.

Também pediu a presença, em plenário, da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), com quem se consulta ao sentir ameaças a sua atuação.

Para Fábio Tofic Simantob, um dos fundadores do IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa), as atitudes da advogada fazem parte de uma estratégia para, por exemplo, abrir caminho para o recurso, caso perca o julgamento.

"É muito difícil anular um júri por injustiça. Acaba sobrando para o recurso as questões de procedimento."

Roberto Delmanto Júnior, conselheiro da OAB-SP, também diz que a atuação da advogada faz parte da estratégia de lançar mão de todos os recursos para assegurar a defesa de seu cliente. "Mas ela poderia falar tudo o que ela falou sem perder a linha."

Formada na Fundação Integrada de Guarulhos, ela atua desde 2000. Fez parte de mais de 200 julgamentos, mas nenhum caso de repercussão.

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