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Gilberto Dutra (1927-2012) O arquiteto e a família de pintores ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO Na casa em que cresceu, em Piracicaba (SP), Gilberto Dutra e os irmãos só podiam sair nos fins de semana se tivessem desenhado muito. Era o meio que a família tinha para manter viva uma tradição. O pai, o avô, o bisavô, o trisavô -e assim por diante- eram todos artistas. Oito gerações dos Dutra dedicaram-se ao desenho e à pintura. No caso de Gilberto, a entrega exclusiva à arte foi um pouco tardia. No fim dos anos 40, veio estudar arquitetura no Mackenzie, na capital paulista. Formou-se em 1955. Trabalhou em escritórios (como o que foi responsável pelo projeto do edifício Itália) antes de virar funcionário público do Estado de SP. Como lembra a filha Raquel, médica, Gilberto fez o projeto do antigo Ceret, um centro recreativo para trabalhadores na zona leste, hoje transformado em parque. Passou por várias secretarias até se aposentar, cerca de 20 anos atrás. A partir de então, Giba, como o chamavam, começou a pintar. Seus quadros, de paisagem, eram hiper-realistas: mais pareciam fotografias, conta a família. Há alguns anos, uma exposição dos Dutra foi organizada na capital -algumas obras estão na Pinacoteca, diz a filha- e resultou num livro. Gilberto, que tinha dois irmãos arquitetos, passou sua profissão adiante. Das duas filhas com a professora Ruth, uma é arquiteta. Dos três netos, um estuda arquitetura. Nos últimos oito anos, passou a sofrer de Alzheimer, o que lhe tirou a capacidade de pintar. Morreu no sábado, aos 84, de embolia pulmonar. A missa do sétimo dia será amanhã, às 12h, na igreja N. Sra. Aparecida, em Moema. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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