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USP está entre as 70 com maior reputação

Universidade é a única da América Latina a aparecer no ranking do THE, um dos principais avaliadores do mundo

Para a lista, 17.554 acadêmicos de 137 países foram ouvidos e puderam indicar até 15 instituições

VAGUINALDO MARINHEIRO
DE SÃO PAULO

A Universidade de São Paulo deu um salto e aparece entre as 70 instituições de ensino superior com melhor reputação no mundo, de acordo com ranking do THE (Times Higher Education) publicado em Londres.

No levantamento do ano passado, a USP não figurava nem entre as cem melhores. Agora, está na faixa entre o 61º e o 70º lugar. É também a única representante de toda a América Latina na lista.

O THE é um dos mais importantes avaliadores de universidades no mundo.

Para compor seu ranking de reputação, foram ouvidos 17.554 acadêmicos e pesquisadores de 137 países.

Eles puderam indicar até 15 instituições que consideram as melhores do mundo.

Phil Baty, responsável pelo ranking, afirma que não há dúvidas de que as pesquisas tenham melhorado na USP, mas diz que ela também se beneficiou do momento econômico por que passa o país.

"Há um excitamento mundial com a América do Sul e com o Brasil em especial neste momento, devido às melhoras na economia.

Acadêmicos de outras partes do mundo estão cada vez mais interessados em trabalhar com brasileiros e há uma sensação de que excelentes trabalhos de pesquisa estão sendo feitos no país."

Ele não quis especular por que o mesmo efeito não teria beneficiado outras instituições brasileiras, como a Unicamp, fora da lista.

A USP está em melhor posição no ranking de reputação (subjetivo) que em outro (objetivo) também do THE.

No ranking geral, que foi divulgado no fim do ano passado e envolve 13 critérios (como relação aluno/professor, número de trabalhos científicos publicados, dinheiro aplicado em pesquisa etc.), a USP aparece em 178º lugar. A Unicamp, em 286º.

Uma boa reputação, assim como boa colocação nos rankings com critérios objetivos, pode facilitar a obtenção de dinheiro para pesquisas, atrair alunos e também professores e pesquisadores capacitados de outros países.

LIDERANÇA DOS EUA

O novo ranking mostra que o Brasil, com apenas uma instituição entre as melhores, tem muito o que avançar.

O líder continua a ser os Estados Unidos, que têm 44 universidades entre as 100 mais bem avaliadas. Têm também a primeira (Harvard) e outras três entre as seis melhores.

Na sequência vem o Reino Unido, com 10 das 100 e duas entre as "top 6", Cambridge (3º) e Oxford (6º).

O Japão é o primeiro país de língua não inglesa a aparecer nas primeiras posições (Universidade de Tóquio, 8º).

Apesar do domínio anglo-saxão, há um avanço da Ásia, principalmente por conta de China (seis no total, com a inclusão de Hong Kong e Taiwan). Há um ano, eram cinco, e todas avançaram.

Algumas americanas perderam posições e duas britânicas saíram da listagem.

Para Baty, isso já é reflexo da queda do investimento público, principalmente nas estaduais americanas, por causa da crise econômica.

Dois outros países dos chamados BRICs -Índia e Rússia- deixaram de ter representantes na listagem.

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