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José Carlos Moraes Abreu (1922-2012)

Um advogado que dirigiu o Itaú

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

A família era de Tietê (SP), mas José Carlos Moraes Abreu nasceu em Bebedouro. O pai, promotor de Justiça, havia sido designado para a cidade.

O menino crescido no interior fez os estudos na capital. Primeiro, no colégio Rio Branco; depois, na USP, onde se formou em direito, em 1944.

Desde 1943, já estagiava num escritório de advocacia, onde ficou por dez anos. Em 1955, abriu o próprio escritório, que tinha na clientela o Banco Comercial de SP e a família de Olavo Setubal (1923-2008), que controla o Itaú.

Em 1961, fechou o escritório para coordenar juridicamente a reestruturação do Banco Federal de Crédito, que daria origem ao Itaú e era dirigido desde 1959 por Setubal, de quem ficou muito amigo. Com o tempo, acabaria sendo diretor geral do banco, de 1975 a 1985, e, na sequência, presidente -até 1990.

Durante a carreira, integrou ainda o Conselho Monetário Nacional, para o qual foi nomeado pelo presidente Ernesto Geisel, e os conselhos da Associação dos Bancos no Estado de São Paulo e da Federação Brasileira de Bancos.

Ultimamente, era presidente de honra do Itaúsa. Visitava o banco diariamente, para rever os amigos -mantinha um forte laço afetivo com a instituição. Gostava de falar sobre política e lembrar dos tempos de luta contra a ditadura de Getúlio Vargas.

Sua grande paixão, conta a família, foi a mulher, Sarita. Era chamado de Belha (de abelha), e a mulher, de Flor.

Viúvo desde 2000, morreu no domingo, aos 89, devido a uma pneumonia. Teve cinco filhos e 12 netos. A missa do sétimo dia será hoje, às 11h, na igreja São José, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br

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