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Bando mata casal e põe fogo na casa; ex-sócio é preso

De acordo com a polícia, quadrilha se frustrou ao não encontrar dinheiro

Crime ocorreu em condomínio de alto padrão de Barueri, Grande São Paulo; seis foram presos

Marcelo Justo/Folhapress
Corpos de casal foram incendiados dentro de casa de luxo
Corpos de casal foram incendiados dentro de casa de luxo

LUCCA ROSSI
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Uma possível desavença causada pelo fim de uma confecção de roupas no final do ano passado é investigada pela polícia como a motivação para o assassinato do empresário Nemias Domingos da Silva, 68, e sua mulher, a engenheira Dafne Silellini, 55.

O casal foi morto a facadas na noite de anteontem, dentro da casa onde vivia, no condomínio Chácara das Perobas, na Estrada das Pitas, bem na divisa entre Barueri e Jandira, Grande São Paulo.

Para tentar encobrir a real motivação para o crime, cinco presos suspeitos do crime atearam fogo na casa e fizeram uma inscrição em um dos banheiros: "PCC É nóis que domina tudo (sic)".

De acordo com a polícia, o ex-sócio de Silva, Samuel de Moraes Soares, 28, foi quem arquitetou o crime ao estimular a invasão da casa dizendo aos cinco suspeitos que havia R$ 200 mil no local.

Soares foi preso em flagrante sob suspeita de latrocínio ontem, ao lado de um ex-funcionário da confecção de roupas desfeita em dezembro. Entre os presos está um casal e mais dois homens.

Até a conclusão desta edição, Soares não tinha advogado de defesa, assim como os outros cinco presos.

Segundo a polícia, apenas Soares não participou da invasão da casa das vítimas.

Aos policiais os cinco suspeitos disseram ter rendido Dafne quando ela estava com seus cães no jardim de sua casa, que teve a cerca elétrica cortada para facilitar a entrada da quadrilha.

Os suspeitos simulavam estar armados, mas usaram as facas das vítimas para ameaçá-las. Eles pressionavam pela entrega dos R$ 200 mil que, segundo tinha dito o ex-sócio da vítima, estavam escondidos na residência.

Ao não achar o dinheiro, de acordo com os depoimentos dos suspeitos à polícia, um deles matou Dafne a facadas.

Ao comprovar que os dois não tinham os R$ 200 mil, os suspeitos resolveram fugir.

Eles lotaram os dois carros do casal, um Citröen e um Mercedes-Benz, com tudo o que lhes interessava, de eletroeletrônicos até latas de cerveja, e fugiram, deixando o empresário ainda vivo. Mas eles decidiram voltar e também o atacaram com facadas. Depois, incendiaram o local.

Ao retirar parte dos bens roubados de um dos carros, o casal suspeito foi surpreendido por guardas-civis de Jandira e confirmaram ter invadido a casa de Silva e Dafne.

O casal denunciou os outros três suspeitos pelo crime e eles também foram presos. Um deles, o ex-funcionário de Silva, denunciou o ex-sócio dele como mandante.

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