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CNBB critica pai-nosso obrigatório em escola

Estudante ateu disse ter sofrido pressão em Minas

RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) afirmou ontem ser contra "discriminação por motivos religiosos" e que a Igreja Católica entende que o "respeito às crenças ou descrenças deve ser cultivado".

Foi uma referência ao fato de Ciel Vieira, 17, aluno de uma escola estadual de Miraí, em Minas, ter dito que uma professora o hostilizou por ele não rezar o pai-nosso na classe. O estudante é ateu e a professora, Lila Jane de Paula, católica. O caso foi relatado pela Folha ontem.

"A oração é um diálogo livre e amoroso da pessoa ou da comunidade com Deus. Não faz sentido obrigar uma pessoa a rezar, como também proibi-la", afirmou dom Tarcísio Scaramussa, bispo do setor de universidades e ensino religioso da CNBB.

A Secretaria de Estado de Educação de Minas apura se houve infração de Lila. Ela foi "advertida" e instada a não rezar mais dentro da sala. O Estado brasileiro é laico.

Ciel Vieira e a mãe disseram que não vão processar a escola. Procurada novamente ontem, Lila não quis falar.

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