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Foco Deficiente visual pode 'cheirar' e 'ouvir' quadros em exposição FILIPE OLIVEIRACOLABORAÇÃO PARA A FOLHA Sem ver o quadro, como saber que há uma natureza morta? Segurando as uvas, sentindo seu cheiro, ouvindo um poema... É a partir dessa exploração sensorial que a exposição "Sentir Prá Ver", inaugurada hoje na Pinacoteca, torna visíveis para deficientes visuais obras de arte brasileiras dos séculos 19 e 20. Na mostra, reproduções fotográficas de quadros ficam ao lado de reinterpretações da obra em maquetes e telas em relevo. Com as mãos, é possível sentir a maciez dos pêssegos de quadro de Pedro Alexandrino (1856-1942) e o tecido do chapéu da senhora da tela de Gino Bruno (1901-1977). Além disso, foram selecionados poemas, sons e cheiros que se relacionam com o tema de cada obra. "Queremos que pessoas que nunca puderam ver um quadro entendam como as formas se organizam na tela", explica a curadora da mostra, Amanda Tojal. Sete pares de quadros mostram um tema diferente: paisagem urbana, rural, mar, retrato. Uma das obras do par tende a ser mais figurativa e, a outra, mais livre, ampliando o repertório dos visitantes. Quem enxerga, mas quer ver a arte de uma forma diferente, terá à disposição uma venda para pôr nos olhos. Andará sobre um piso tátil com alertas no chão na frente de cada obra. Desde 2003, a Pinacoteca mantém o Programa Educativo para Públicos Especiais. Possui uma galeria com 12 esculturas que podem ser tocadas por deficientes visuais. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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