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Demanda recorde atrai 9 shoppings ao metrô

O de Tucuruvi abre ainda neste ano e o da Vila Madalena, em 2014; estatal tem imóveis onde cabem cerca de 20 campos de futebol

Santa Cecília, Carrão, Jabaquara e Penha têm planos de investidores; receita com centros de compra aumenta 18%

JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO

Com alta recorde de passageiros -44% em cinco anos- e um plano de expansão que visa triplicar a rede até 2018, o metrô de São Paulo já prevê um boom de shoppings centers em suas estações.

Um deles, o Tucuruvi, deve abrir neste ano -outro, na Vila Madalena, em 2014.

O Metrô avalia planos de investidores para Jabaquara, Santana, Carrão, Penha, Marechal Deodoro (Santa Cecília), São Bento e Sacomã.

Baseado na concessão de terrenos por até 50 anos e remuneração sobre faturamento, o negócio rendeu ao Metrô R$ 30,6 milhões em 2011 -18% a mais que em 2010.

Atrair shoppings interessa ao Metrô, que tem 25 imóveis (onde cabem 20 campos de futebol) remanescentes de desapropriações para obras.

Também interessa aos investidores, que encontram terrenos em áreas com infraestrutura, raros em São Paulo, sem precisar comprá-los.

Desde 1997, quatro shoppings se instalaram no metrô paulistano: Tatuapé, Santa Cruz, Boulevard Tatuapé e Itaquera, que atraem pelo menos 300 mil pessoas todos os dias. Todos são articulados com metrô e terminais de ônibus e apenas o Santa Cruz não tem ligação com os trens da CPTM. As conexões atraem consumidores de longe.

É o caso de Renan Gabriel, 20, estudante que sai de Congonhas (estação São Judas) e vai ao Tatuapé encontrar a namorada Amanda Sousa, 19, que mora no bairro.

Ou Dayse Vitelli Henrique, 67, que viaja da Vila Prudente ao Tatuapé ou ao Santa Cruz. "É mais seguro. Saio do shopping, entro no metrô."

Responsável por implantar e operar o Santa Cruz de 2001 a 2009, a JHSF investe agora R$ 189 milhões no Tucuruvi, na zona norte de São Paulo, que espera receber 75 mil por dia -50% das classes A e B.

"A região tem bairros residenciais de alta densidade populacional e altas taxas de crescimento vertical", além de "público que dispõe de renda para consumo diferenciado", diz Robert Harley, diretor de shoppings da JHSF. O shopping da Vila Madalena aguarda alvará da prefeitura para iniciar as obras.

Ele deverá ter cinco pavimentos e três subsolos de garagem. O alvo do empreendimento são as classes B e C.

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