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Centros comerciais pioram área saturada, diz urbanista

DE SÃO PAULO

Prejuízos ao transporte público, má aplicação da receita da concessão, uso indevido de áreas desapropriadas e deterioração de regiões saturadas são alguns dos riscos de novos shoppings em metrô, segundo especialistas.

"Shopping não pode ficar em área congestionada", diz a urbanista Lucila Lacreta, que cita os EUA: "Lá, grandes centros de compras ficam em estradas, não nas cidades".

Outra questão, afirma, é que as áreas foram desapropriadas para o transporte coletivo. "Desvirtua a desapropriação, que foi por interesse público. Shopping não tem interesse público nenhum."

Tanto ela quanto o consultor de trânsito e transportes Horácio Augusto Figueira apontam outro risco: comprometer terminais de ônibus para favorecer o investimento privado. "A prioridade é o transporte público, com terminais de ônibus de qualidade e conforto para o usuário."

Nadia Somekh, professora de arquitetura do Mackenzie, ressalva que a receita tem de ser usada no "transporte rápido de massa", mas diz que shopping em metrô é "algo absolutamente adequado".

Robert Harley, diretor de shoppings da JHSF, que implantou o Santa Cruz e o Tucuruvi, diz que o modelo de SP se inspira em outros países. "Muitas estações de Tóquio têm shoppings. A Coreia do Sul tem vários exemplos bem-sucedidos."

Segundo o Metrô, os shoppings "são exemplos de sucesso". Alguns deles "foram expandidos devido ao bom resultado do negócio". Diz que as áreas são concedidas por licitação e a escolha é feita pela melhor oferta. O dinheiro arrecadado vai para o caixa do Metrô e é usado para custear atividades da companhia.

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