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Análise

Maioria dos shoppings tem estação acoplada em Londres

VAGUINALDO MARINHEIRO
DE SÃO PAULO

A decisão do Metrô de incentivar a construção de novos shoppings em estações revela um tipo de negócio em que todas as partes ganham.

Ganha o próprio Metrô, que amplia suas receitas; ganha a cidade, com novos centros de compras em que as pessoas podem ir sem usar o carro; ganham os compradores, pela mesma razão; e ganham os lojistas, com o fluxo de milhares de pessoas, principalmente aquelas da chamada nova classe média, que hoje tem dinheiro e está ávida por comprar.

A simbiose entre a iniciativa privada e o poder público, ou empresas semiestatais como a Companhia do Metrô, é muito bem-vinda. Ela já é utilizada no mundo há muito tempo com bons resultados.

Em Londres, por exemplo, a maioria dos shoppings tem uma estação de metrô acoplada. Muitas vezes é o empreendimento comercial que banca a ampliação da linha e/ou a estação.

Em setembro do ano passado, por exemplo, a cidade ganhou o maior centro comercial em área urbana de toda a Europa.

O Westfield Stratford City, que fica ao lado do Parque Olímpico, conta com mais de 300 lojas, 70 restaurantes, salas de cinema e três hotéis.

Ao seu lado, não uma, mas duas estações de metrô, que foram ampliadas e oferecem linhas que se conectam com toda a cidade.

Em mais um exemplo de um negócio que ajuda o outro, milhares de pessoas passarão todos os dias pelo shopping no caminho entre as estações e o Parque Olímpico durante os Jogos, que acontecem em julho e agosto.

O shopping facilitará o acesso ao evento esportivo e ganhará em troca potenciais compradores.

Claro que alguns dirão que essas parcerias público/privado são uma porta para a maracutaia, para o favorecimento em troca de dinheiro.

Mas há instituições de sobra para coibir e punir maracutaias. Além disso, esse não pode ser um argumento a impedir boas iniciativas.

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