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Artista usa cores para valorizar catadores "Carrosseata" que reunirá ao menos 50 carroceiros vai pedir mais respeito e melhores condições de trabalho Chamado Pimp my Carroça, movimento foi inspirado em programas de TV onde carros são tunados LUISA ALCANTARA E SILVADE SÃO PAULO Em 3 de junho, o centro de São Paulo deve receber sua primeira "carrosseata". Ao menos 50 carroceiros programam sair pelas ruas pedindo mais respeito dos motoristas e melhores condições de trabalho para a prefeitura. A ideia é do grafiteiro Mundano, 26. Nascido no Brooklin (zona sul), o artista, que não divulga o nome verdadeiro, grafita carroças desde 2007. Após grafitar 159 carroças em cidades como São Paulo, Curitiba, Salvador, Buenos Aires e Nova York, Mundano quis fazer algo maior. Por isso criou o movimento e o evento Pimp My Carroça. Ele se inspirou no programa "Pimp My Ride", já transmitido pela MTV no Brasil e que é da mesma família do quadro "Lata Velha" do "Caldeirão do Huck" (Globo), que tuna carros velhos. Tunando as carroças, Mundano espera aumentar a autoestima dos catadores de material reciclável. "Eles são invisíveis na cidade, então, quando grafito o meio de trabalho deles, as pessoas começam a notá-los, porque a carroça fica chamando a atenção", diz Mundano. O movimento abrange coleta de doações e divulgação. Além da "carrosseata", contará com médicos para fazer um check-up nos carroceiros e terá a "pimpagem" das carroças, que será feita por Mundano, além de outros grafiteiros convidados, como os artistas Tinho e Ozi. COLABORATIVO Mundano criou uma página do movimento no Catarse (catarse.me), site de financiamento colaborativo. Até sexta, havia arrecadado R$ 30 mil. A meta é obter R$ 38.200. O dinheiro será usado para comprar materiais como fitas reflexivas de segurança para colar nas laterais das carroças, luvas, espelhos retrovisores e lata de spray (cada uma custa cerca de R$ 15). Se não atingirem o valor, as doações serão devolvidas. "Mas isso não vai acontecer. O evento vai rolar", diz Mundano, que já inscreveu o projeto na Virada Sustentável. "Esse evento é para escancarar o problema", diz Mundano. "Os catadores só tomam buzinada, mas o que seria de São Paulo sem eles? A cidade precisa reciclar mais, e precisa dar mais valor aos carroceiros." São Paulo recicla menos de 1% de seu lixo. Mundano se juntou a organizações como o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis para viabilizar o evento. Também busca parcerias, por exemplo, com óticas, para dar óculos a catadores que precisem. Para ajudar, entre em catarse.me/en/projects/582. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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