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Depois de grafite, carroceiro ganhou mais trabalhos

DE SÃO PAULO

Sérgio Bispo chegou a São Paulo em 1989. A mudança foi grande: veio de Salvador -a pé e de carona- com 27 anos. Logo começou a recolher lixo reciclável pela cidade. E logo ele também se acostumou a suportar xingamentos diários.

"Os motoristas passam falando que a gente não trabalha", diz ele. "Mas isso é um trabalho tão digno como qualquer outro."

Bispo ganha R$ 700 por mês, em média. "Tem mês que é mais, tem mês que é menos." Mas ele sempre consegue alimentar sua família: a mulher, os três filhos e um neto. Tem dias que carrega até 500 quilos.

Desde que o grafiteiro Mundano grafitou sua carroça e colocou o número de telefone de Bispo no desenho, o catador tem conseguido mais trabalhos.

DISQUE-CATADOR

Essa é outra ideia que deve ser colocada em prática no evento Pimp My Carroça: informar o contato dos catadores atrás das carroças, para que as pessoas liguem dizendo onde há material reciclável para ser retirado.

No evento, Bispo, que é presidente da CooperGlicério -onde trabalham 40 cooperados-, na região central, quer conversar com autoridades e convencê-las de que São Paulo precisa de mais cooperativas e, os catadores, de melhores condições.

"Aqui na nossa cooperativa, como em muitas outras, não temos nem prensa nem esteira de triagem. Só isso já aumentaria, e muito, a nossa renda".

(LAS)

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