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Marcos Pimenta Rezende (1926-2012)

Médico radiologista que gostava de velejar

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

O diagnóstico é o mais importante, pois, se bem-feito, salva uma vida, costumava dizer Marcos Pimenta Rezende, um médico radiologista responsável por importar um dos primeiros mamógrafos de São Paulo, na década de 70.

Nascido na mineira São Sebastião do Paraíso, numa família de fazendeiros de café, foi enviado ainda menino (levado, como lembra a família) para a capital paulista. Veio estudar em colégio interno.

Na USP, em 1950, formou-se em medicina, mas logo após concluir os estudos, foi para Cornélio Procópio (PR), onde estava então a família.

Lá, como clínico geral, teve um consultório em casa, na frente da qual sempre se formava uma fila enorme. A mulher acabava ajudando o marido como enfermeira.

A partir de 1949, e por cerca de 20 anos, foi casado com a cineasta Suzana Amaral, com quem teve nove filhos.

Em 1977, começou um relacionamento com a segunda companheira, Leda, com quem teve mais um filho e viveu até o final da vida.

Foi um dos fundadores da Santa Casa de Cornélio Procópio. Ao retornar a São Paulo, tornou-se médico da aeronáutica e atendia índios no Xingu. Depois, abriu uma clínica na rua Itapeva, na capital.

Vendeu o consultório, mas continuou trabalhando no local até o fim do ano passado.

O que mais gostava de fazer era velejar na região de São Sebastião, onde tinha casa.

Sofreu um acidente vascular cerebral em novembro. Morreu na sexta-feira, aos 85, de falência de órgãos. Teve 21 netos e um bisneto. Pediu para ter as cinzas jogadas em Ilhabela, o que a família deve fazer em dezembro.

coluna.obituario@uol.com.br

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