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Olgierd Gerard Adam Ligeza Stamirowski (1937-2012) O polonês e seu reflorestamento ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO Olgierd Gerard Adam Ligeza Stamirowski, o Jerry, como era conhecido, chegou ao Brasil bem pequeno, com apenas cinco anos. Por isso, sempre se considerou mais brasileiro do que polonês. Mas, devido à criação que recebeu, fortemente marcada pela cultura dos pais, tentou aproximar os dois países. Seu pai era economista e diplomata. Quando estourou a guerra na Europa, a família, católica, refugiou-se no Brasil. Jerry cresceu no Rio, mas depois morou em Curitiba e São Paulo, onde se formou na USP, em psicologia. Após se especializar no exterior, retornou ao Brasil e foi dar aulas na Universidade de Mogi das Cruzes, onde tornou-se professor titular de psicologia experimental e métodos. Traduziu escritores poloneses e organizou seminários sobre seu país em universidades. Foi responsável pelo convênio assinado nos anos 90 entre a USP e a Universidade de Lodz, na Polônia. Ganhou até condecoração do governo polonês por seu esforço. Depois que se aposentou, foi viver no sul de Minas, onde implantou a Reserva Florestal do Sauá, cujo nome faz referência a uma espécie de macaco da região. Comprou a propriedade devastada e, nas últimas décadas, com apoio de universidades, reflorestou o local. Também presidiu a ONG Cema (Centro de Estudos do Meio Ambiente). Tinha ainda uma pousada, conta a mulher, Maria Isabel. Morreu na segunda (21), aos 75, devido a uma insuficiência cardíaca. Não deixa filhos. Parte de suas cinzas serão espalhadas na reserva, na presença de um padre brasileiro e outro polonês. Outra parte será enviada à Polônia. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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