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Menino esqueceu creole e torce para o Corinthians

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PORTO PRÍNCIPE
DE SÃO PAULO

Obrigado a viver longe da família, o garoto haitiano já se "abrasileirou". Esqueceu o creole, fala português, cursa o terceiro ano em uma escola pública, torce pelo Corinthians e faz capoeira.

Ele vive em um abrigo com outras 20 crianças e fez três amigos "inseparáveis", segundo o coordenador da casa, André Penalva, 35.

Penalva acha que o garoto terá dificuldade de se adaptar à nova realidade, quando rever a família. "Mas é o que ele mais quer."

Em duas ocasiões, eles foram informados de que a situação se resolveria e o garoto chegou a preparar as malas e fazer um cartão de Dia das Mães, em 2011.

Quando a tentativa fracassou, o adolescente chorou e ficou deprimido.

Para protegê-lo de nova decepção, Penalva diz que ainda não contou a ele sobre a obtenção do passaporte. O consulado brasileiro em Caiena fez o mesmo, para evitar frustrações da mãe.

Com ajuda de um tradutor, mãe e filho conversam a cada 15 dias, para estreitar os laços.

(RM E CRISTINA MORENO DE CASTRO)

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