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'As polícias têm de responder à sociedade' DE SÃO PAULOO delegado Marcos Carneiro Lima, chefe da Polícia Civil paulista, diz que a alta nos homicídios registrados em junho na capital e na Grande São Paulo "despertou a atenção das polícias [Civil e Militar]" e que, agora, existe uma necessidade de dar uma resposta à sociedade: o esclarecimentos dos homicídios. "Existe a necessidade de mostrar que as polícias de São Paulo não toleram o que aconteceu em junho", diz. "Temos de dar uma resposta à sociedade e isso vem apenas com o esclarecimentos das mortes, para afastar uma possível sensação de impunidade", afirma o delegado. Na avaliação do chefe da Polícia Civil, ainda não é possível estabelecer o que causou a onda de violência em junho. "Temos de esclarecer primeiro quem matou e, depois disso, porque o homicida matou", explicou. "Mas existe grande dificuldade para se investigar homicídio. Muitas vezes, parentes e amigos das vítimas sabem o que motivou os crimes, mas se recusam a ajudar a polícia a esclarecer tudo porque têm medo de se tornar a próxima vítima", diz Lima. "Precisamos prender os assassinos para conquistar a confiança do cidadão." Antes de assumir a chefia da Polícia Civil, Lima trabalhou durante anos na investigação de homicídios na capital paulista. A partir dessa experiência, ele crê que a elucidação de assassinatos está baseada em aspectos testemunhais sobre quem era a vítima e como ela vivia e nas provas periciais colhidas logo após o crime. "Por conta desses dois princípios, sempre tentamos mostrar aos policiais civis que a qualidade da investigação é determinante para esclarecer um assassinato", disse. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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