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Ambulantes negociam aparelhos de segunda mão

Celular e camelô somem quando aparece a PM

DE SÃO PAULO

Um mercado paralelo de smartphones de segunda mão ferve no centro da cidade. Camelôs oferecem os aparelhos no viaduto Santa Ifigênia e na rua Direita.

Ao menor sinal de PMs, os celulares, que ficam expostos em caixas, são recolhidos e os vendedores somem.

Os vendedores também costumam abordar os pedestres, sacando os produtos do bolso e mostrando aos eventuais clientes.

A Folha fez o percurso mostrado no rastreador do iPhone de uma vítima roubada na região da av. Rebouças, perto do Shopping Eldorado.

Dali, o aparelho seguiu para a rua Santa Ifigênia e, em seguida para a rua Direita, em frente a uma loja, último ponto rastreado até que o aparelho fosse desligado.

Na tarde de sexta-feira passada, camelôs vendiam smartphones novos (muitos deles cópias fabricadas na China) e usados exatamente no mesmo ponto. "Tem iPhone 4?", questionou o repórter.

"Não, mas posso conseguir um com o menino ali", respondeu. O preço: R$ 700, quase a metade de um novo.

Em lojas de galerias da Santa Ifigênia também é comum encontrar smartphones usados nas vitrines dos boxes. Tem de tudo: iPhone 4 "genérico" a R$ 400 e originais a preços que variam de R$ 900 a R$ 1.350.

"É na caixa, original. Se você for na loja da Apple, vai pagar R$ 1.900", disse um dono de box à Folha.

O delegado Antonio Luis Tuckmnatel afirmou que não há provas de que esses produtos de lojas sejam obtidos com criminosos. "Muitas vezes, são aparelhos trocados. Esses novos, pode ser contrabando, vindo do Paraguai. Nós combatemos também."

SEGURO

Em meio aos roubos e furtos de smartphones, operadoras de celular registram aumento na procura por seguros de aparelhos.

A Vivo, que oferece o serviço desde 2005, afirmou que de 2010 para 2011 a adesão ao seguro aumentou em 93%.

Outras operadoras criaram neste ano seguros oferecidos na hora da compra.

A TIM, por exemplo, criou o serviço após constatar que metade dos clientes pedia o seguro ao adquirir o aparelho. "Os clientes veem o aparelho, que é caro, como investimento e, por isso, querem o seguro", disse Carlos Roseiro, um dos diretores da TIM.

Além de pagar entre R$ 6,49 e R$ 18,49 por mês, num caso de roubo ou furto é necessário pagar uma franquia.

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