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No Butantã, 61% dos moradores dizem ter bicho

Mais da metade (53%) afirma ter cães; quem circula pelo bairro reclama do excesso de animais soltos pelas ruas

OLÍVIA FLORÊNCIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ela acorda ao lado de bichos, almoça pensando neles e chega a sacrificar finais de semana por causa deles.

A moradora do Butantã Cíntia Rocha, 34, é veterinária e dona das cadelas SRD (sem raça definidia) Sophie, Vic, Isolda e Lara, além dos gatos Chico e Vênus, e duas tartarugas.

Segundo pesquisa Datafolha, o Butantã é o bairro com mais animais domésticos na região oeste, com 61% dos moradores com bichos em casa. Em 2008, essa porcentagem era de 53%.

Do rol de entrevistados com animais em casa, 53% deles são donos de cães. Em 2008, eram 46%.

Butantã é o bairro com mais cachorros. Seguido por Jaguara, com 52% dos donos de bichos com cachorros, e Rio Pequeno empatado com Lapa, com 47% das casas com pets habitadas por cães.

Para Cíntia, a grande quantidade de cachorros na rua é o maior problema do Butantã.

"Não consigo passear com meus bichos pelo bairro porque temos muitos cachorros domiciliados soltos pelas ruas", diz. Ela define esse tipo de animal como o que tem dono e casa, mas fica solto durante o dia e acaba sendo alvo fácil de doenças.

"Na área elitizada é raro ver um cão na rua, mas na minha parte, que é mais periférica, é muito habitual. Falta educação. Não adianta só ter, tem que cuidar."

A secretária Marta Gardini, 53, moradora da Vila Sônia, concorda que há muitos cães soltos pelas ruas da zona oeste. "Fizemos até uma vaquinha para comprar uma casa para um cachorro abandonado aqui na rua", diz.

Mas discorda da falta de opções de áreas para passear com os bichos.

"Moro numa rua sem saída e aqui perto tem uma praça, então é um bom lugar pra ter cachorro", diz. Marta é dona de quatro cachorros e mora com o marido e dois filhos.

Segundo o Datafolha, a Vila Sônia tem 58% das casas com pets. Destes, 45% são cachorros. Em 2008, o contingente canino era de 43%.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) informa que não cabe ao órgão recolher animais da rua, a não ser nos seguintes casos: bichos doentes, que sofrem maus-tratos ou que ameaçam alguém.

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