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Faltam opções de escolas particulares, diz pesquisa

Dos 15 distritos da região, nota cai em 9; problema afeta também a quantidade de escolas públicas

LILO BARROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A advogada Andrea Esmanhoto, 37, pretende trocar logo o Morumbi pelo Alto de Pinheiros só para ficar mais perto da escola das filhas Gabriela, 6, e Júlia, 5.

"Aqui em casa é diferente. A gente se muda pensando no futuro delas", conta ela, que esperou por mais de um ano para poder matricular as meninas na "escola ideal".

Segundo a pesquisa Datafolha, a nota dada pelos entrevistados ao item quantidade de escolas particulares piorou, de 2008 para cá, em 9 dos 15 distritos da zona oeste. Foi de 7,3 para 6,8.

Apesar disso, a região ainda está mais bem colocada do que a cidade, com nota 6.

Há, principalmente, variação nos bairros mais ricos, como Morumbi (onde a nota foi de 7,2 para 6,5), Pinheiros (de 8,1 para 7,2), Vila Leopoldina (de 8 para 7,2), Itaim Bibi (de 7,9 para 7,5), Alto de Pinheiros (de 8,2 para 7,7), Perdizes (de 8,3 para 7,9), Jardim Paulista (de 8,7 para 8) e Vila Sônia (de 6,9 para 6,1).

Mais afastada e mais pobre, a região de Raposo Tavares também reclama. Lá, a nota caiu de 5,6 para 4,5.

Uma das explicações vem da Secretaria da Educação do Estado. Em 2008, existiam na zona oeste 410 escolas particulares. Hoje, são 278.

Para Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do sindicato das instituições de ensino no Estado, a maioria dessas escolas fechou por "amadorismo dos gestores".

"Antes as pessoas abriam uma escola em qualquer salão vazio. Hoje já não é bem assim", diz ele.

"Não é tanto um problema de quantidade, mas da qualidade dos serviços. Os pais sempre visitam muitas escolas até tomarem uma decisão", completa.

No Colégio Santa Cruz, por exemplo, com 60 anos de tradição na região do Alto de Pinheiros, a procura para a primeira série do ensino médio chega a seis alunos por vaga.

Próximo dali, em Pinheiros, o Colégio Palmares, de 37 anos, tem pais interessados na escola desde maio, para ingresso só no ano que vem.

As turmas mais disputadas são as infantis e os primeiros anos dos ensinos fundamental e médio.

"Os pais são bem exigentes, até por ser uma região de classe média alta", conta Waltermir Loureiro, 60, diretor do Palmares.

Assim como as particulares, a nota para a quantidade de escolas públicas teve queda nos últimos quatro anos, revela ainda o Datafolha. Passou de 6,7 para 6,4. Já a média da cidade é de 6,6.

Sete distritos queixam-se dessa situação: Butantã (de 7,2 para 6,7), Alto de Pinheiros (de 6,9 para 6,4), Jaguara (de 7,2 para 6,7), Vila Sônia (de 6,8 para 6,2), Jardim Paulista (de 6 para 5,3), Perdizes (de 6,8 para 6) e Pinheiros (de 7,1 para 6,3).

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