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Tjong Hiong Oei (1922-2012)

O investidor 'chinês' da Barra da Tijuca

MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO

Depois de idas frequentes ao Rio para fechar negócios da empresa de trading do pai, Tjong Hiong Oei decidiu ficar de vez na cidade em 1955.

Voltou seu olhar para a Barra da Tijuca, área que até então não passava de um grande e desabitado areal, distante e de acesso difícil.

Oei investiu na região. Comprou terrenos na época em que eles eram vendidos a preços irrisórios. Neles, anos depois, foram construídos condomínios como o Nova Ipanema, um dos primeiros do bairro.

Quando a Barra da Tijuca começou a se valorizar, a partir dos anos 70, Tjong Hiong Oei foi alvo de vários processos judiciais que o acusavam de ter se apossado irregularmente de alguns terrenos. Muitos desses processos se arrastam até hoje na Justiça.

Na mesma época ganhou os apelidos de "Chinês da Barra" e de "Dono da Barra" -dividido com dois empresários que fizeram fortuna na região, Pasquale Mauro e Carlos Carvalho.

O primeiro apelido divertia Oei, que não era chinês: nasceu em Cingapura.

Do pai, que morreu domingo no Rio, o filho Rodney guarda na lembrança os piqueniques em um dos terrenos da família, chamado por Oei de "Capão da Fortuna" -hoje uma região valorizada junto à praia da Reserva, na Barra da Tijuca.

Oei, 89, morreu devido a um choque séptico. Estava internado desde 13 de julho no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio, por causa de uma pneumonia.

Ele deixa viúva, dois filhos e sete netos. Seu corpo será cremado sábado ao meio-dia no Crematório da Santa Casa, no cemitério do Caju, zona norte do Rio.

coluna.obituario@uol.com.br

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