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Euro fecha 2003 com novo recorde
DA REDAÇÃO
O dólar encerrou 2003 com sua
menor cotação em relação ao euro em todos os tempos.
O mercado financeiro em Londres encerrou o ano cotando a
moeda européia em US$ 1,2616
-alta em relação ao recorde anterior, de terça-feira, que era de
US$ 1,2524.
Em 2003, o euro se valorizou
21% diante do dólar. O enfraquecimento da moeda americana ontem foi ocasionado pelo temor de
que um novo atentado terrorista
no país, durante a celebração do
Ano Novo, causasse uma pressão
de venda de dólares.
Nem mesmo informações positivas sobre o vigor da economia
americana, como o recuo nos pedidos de seguro-desemprego, inverteram a tendência de queda do
dólar, uma constante durante todo o ano passado.
"O dólar parece comprometido
com uma queda sem fim", disse
Marc Chandler, economista do
banco HSBC.
Segundo analistas, apesar de alguns dados positivos divulgados
nos Estados Unidos nos últimos
meses, há uma grande preocupação acerca do déficit em conta
corrente no país.
Na comparação com outras
moedas, o dólar também terminou o ano mais fraco. A moeda
americana teve a menor cotação
diante do dólar canadense em dez
anos. Na comparação com o iene
(Japão), o dólar americano teve o
menor valor em três anos.
A libra terminou o ano comercializada a US$ 1,7942, a maior cotação desde setembro de 1992.
A comercialização da moeda
americana acabou dando liquidez
ao mercado financeiro no último
dia do ano -tradicionalmente,
um dia morno e de poucos negócios.
Paul Robson, do Bank One, disse: "Com o declínio contínuo do
dólar, o ano terminou com o mercado exageradamente líquido".
Reunião do G7
A preocupação com a desvalorização da moeda americana, que
serve de lastro para uma série de
preços e operações no mundo, é
tanta que o assunto será um dos
temas centrais da próxima reunião de ministros das Finanças do
G7 (grupo dos sete países mais ricos do mundo), em fevereiro, na
Flórida (EUA).
Segundo analistas, pelo menos
até o mês que vem a tendência será a de que o dólar continue se
desvalorizando.
Uma fonte do G7, ouvida pela
agência de notícias Reuters, disse
acreditar que haverá uma barreira
psicológica que impedirá que o
euro ultrapasse US$ 1,30.
Com agências internacionais
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