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São Paulo, quinta-feira, 01 de janeiro de 2004

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Euro fecha 2003 com novo recorde

DA REDAÇÃO

O dólar encerrou 2003 com sua menor cotação em relação ao euro em todos os tempos.
O mercado financeiro em Londres encerrou o ano cotando a moeda européia em US$ 1,2616 -alta em relação ao recorde anterior, de terça-feira, que era de US$ 1,2524.
Em 2003, o euro se valorizou 21% diante do dólar. O enfraquecimento da moeda americana ontem foi ocasionado pelo temor de que um novo atentado terrorista no país, durante a celebração do Ano Novo, causasse uma pressão de venda de dólares.
Nem mesmo informações positivas sobre o vigor da economia americana, como o recuo nos pedidos de seguro-desemprego, inverteram a tendência de queda do dólar, uma constante durante todo o ano passado.
"O dólar parece comprometido com uma queda sem fim", disse Marc Chandler, economista do banco HSBC.
Segundo analistas, apesar de alguns dados positivos divulgados nos Estados Unidos nos últimos meses, há uma grande preocupação acerca do déficit em conta corrente no país.
Na comparação com outras moedas, o dólar também terminou o ano mais fraco. A moeda americana teve a menor cotação diante do dólar canadense em dez anos. Na comparação com o iene (Japão), o dólar americano teve o menor valor em três anos.
A libra terminou o ano comercializada a US$ 1,7942, a maior cotação desde setembro de 1992.
A comercialização da moeda americana acabou dando liquidez ao mercado financeiro no último dia do ano -tradicionalmente, um dia morno e de poucos negócios.
Paul Robson, do Bank One, disse: "Com o declínio contínuo do dólar, o ano terminou com o mercado exageradamente líquido".

Reunião do G7
A preocupação com a desvalorização da moeda americana, que serve de lastro para uma série de preços e operações no mundo, é tanta que o assunto será um dos temas centrais da próxima reunião de ministros das Finanças do G7 (grupo dos sete países mais ricos do mundo), em fevereiro, na Flórida (EUA).
Segundo analistas, pelo menos até o mês que vem a tendência será a de que o dólar continue se desvalorizando.
Uma fonte do G7, ouvida pela agência de notícias Reuters, disse acreditar que haverá uma barreira psicológica que impedirá que o euro ultrapasse US$ 1,30.


Com agências internacionais


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