DA REDAÇÃO

Os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caíram, na semana passada, ao menor nível em cerca de três anos, resultado que foi interpretado por analistas como prova de que a recuperação econômica do país é consistente.
O Departamento de Trabalho informou ontem que foram feitos 339 mil novos pedidos de seguro na semana encerrada no dia 27 de dezembro -15 mil a menos do que nos sete dias anteriores.
Foi a terceira semana consecutiva de queda nos pedidos. Foi também a semana em que menos trabalhadores requereram a proteção ao governo desde 20 de janeiro de 2001.
"Há razões claras para uma visão otimista. Estamos entrando num caminho de recuperação de postos de trabalho", disse Ken Mayland, presidente da consultoria ClearViews Economics.
Os números divulgados ontem superaram as expectativas dos economistas. Eles tinham projetado declínio nos pedidos, mas não na intensidade verificada.
Outro ponto que, na visão de especialistas, demonstra solidez na recuperação do emprego nos EUA é o fato de que as requisições do seguro estão abaixo de 400 mil por 13 semanas consecutivas.
O mercado de trabalho já havia demonstrado outros sinais de melhoria nos últimos meses. O desemprego no país está em 5,9% -chegou a 6,4% no meio do ano.
Desde que o presidente George W. Bush tomou posse, em 2001, a economia americana fechou 2,3 milhões de postos de trabalho, número que deve ser usado pelos democratas (oposição) neste ano, que terá eleição presidencial.
A administração Bush sempre acentuou que à medida que a economia se recuperasse os empregos voltariam a ser criados. A economia dos EUA cresceu 8,2% no terceiro trimestre (taxa anualizada) de 2003, a melhor performance em quase duas décadas.
Economistas prevêem que no último trimestre de 2003 essa performance tenha recuado um pouco, mas que a expansão no ano tenha ficado entre 4% e 5%.