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MERCADO ABERTO
Bancos lucram mais no governo Lula
O lucro dos bancos nos três
anos do governo Lula foi
42% maior em termos reais
do que o dos três últimos
anos do governo Fernando Henrique Cardoso. Nos três anos de
Lula, os bancos lucraram R$ 46,1
bilhões até setembro, enquanto
no governo FHC, o lucro foi de
R$ 32,3 bilhões, levando-se em
conta o resultado dos três últimos anos até setembro de 2002
(o resultado foi corrigido para
valores de setembro de 2005, utilizando como base o IGP-M).
O cálculo foi feito pela Austin
Asis, com base nos balanços dos
53 maiores bancos do país. Os
números reforçam a tese de que
no governo Lula os bancos tiveram condições macroeconômicas mais favoráveis do que no governo FHC. "Não é à toa que, a
cada ano, os bancos batem recordes", afirma Erivelto Rodrigues,
presidente da Austin Asis.
Rodrigues atribui a várias razões esse resultado. Em primeiro
lugar, ao aumento do volume de
empréstimos. Em novembro de
2005, o crédito alcançou 30,5%
do PIB, sendo que nos cinco anos
anteriores a média tinha sido de
24% do PIB.
Outro fator importante foi a alta dos juros no governo Lula, superior à média de FHC. Nos três
últimos anos do governo FHC, a
média da Selic foi de 18%. No governo Lula, a média dos três anos
ficou em 19,6%. Os juros altos
são uma boa fonte de receita das
instituições financeiras.
Outro fator importante, na opinião de Erivelto Rodrigues, foi o
ajuste nos bancos públicos federais realizado no governo FHC, o
que os tornou mais eficientes e,
portanto, mais rentáveis. São os
casos do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Nordeste.
Também deve ser incluído entre as razões que explicam o alto
lucro dos bancos o forte crescimento da receita com serviços.
Em 2002, os serviços representavam 7% da receita operacional
dos bancos e, hoje, respondem
por 15%. Essa receita mais do que
dobrou em três anos.
Rodrigues reconhece, também,
um significativo aumento da eficiência dos bancos, o que tem
proporcionado o crescimento da
rentabilidade. Apesar disso, ele
não deixa de destacar as altas taxas de "spread" (diferença entre
os juros pagos pelos bancos para
captar no mercado e a taxa cobrada nos empréstimos a clientes) praticadas no Brasil. Enquanto se cobram "spreads" entre 28% a 30% no Brasil para pessoas físicas e jurídicas, fora do
país a taxa é de no máximo 5%.
REPRESSÃO
As ações da Polícia Federal e da
Receita Federal no combate à
importação ilegal de produtos de
informática contribuíram para o
bom ano do setor, segundo o
presidente da Abinee (componentes eletroeletrônicos), Ruy de
Salles. O setor fechou o ano com
crescimento de 17% e faturamento superior a R$ 24 bilhões.
De acordo com Salles, as ações
da PF e da Receita reduziram para 65% o chamado mercado
"cinza" de microcomputadores.
CASA CHEIA
O ano de 2005 foi de bons
resultados para os teatros da
Broadway. Segundo o "New
York Times", com base em
números da Liga Americana
de Teatros e Produtores, a freqüência aos teatros da região
foi a maior desde 1985. Quase
12 milhões de pessoas assistiram aos espetáculos, um aumento de 6% em relação ao
ano passado. Os espectadores
pagaram, em média, US$
68,86 por ingresso, quase US$
2,75 a mais do que no mesmo
período do ano passado. O faturamento dos 39 teatros da
região chegou a US$ 825 milhões, um salto de mais de
10% ante 2004. "Em 2005, o
crescimento foi generalizado
em todos os espetáculos",
afirma Jed Bernstein, presidente da liga.
OLHO NAS VANS
A Pirelli quer ampliar sua presença no segmento de pneus
para veículos leves de transporte, as vans e peruas. Em 2005, a
empresa lançou um novo modelo desenvolvido especialmente
para esses carros. Segundo Inácio Caltabiano, diretor de produtos e competições da empresa, esse segmento é um dos que
mais crescem no país. Enquanto o mercado de pneus têm crescido cerca de 9% nos últimos dois anos, entre as vans esse número chega a 17%. "As cidades já não suportam mais o transporte por caminhões, e o transporte público vive um caos em
que as vans ganham espaço." Para reforçar a presença da marca e desenvolver novos produtos, a italiana investiu neste ano
cerca de R$ 10 milhões no patrocínio de provas de automobilismo no Brasil. "É um importante campo de testes para nós."
MÃO NA TAÇA
Uma parceria entre a Coca-Cola e as lojas de conveniência Select marcará a distribuição de ingressos para a exposição da taça
da Copa do Mundo da Fifa, no
próximo dia 20, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, e no
dia 22, no Transamérica Expo
Center, em São Paulo. A partir
do dia 5, na compra de produtos
da Coca-Cola, o consumidor ganha dois ingressos para ver a taça
original da Copa. Ao todo, 62 lojas participam da promoção.
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