DA REPORTAGEM LOCAL

As principais montadoras de veículos do país decidiram reduzir ou suspender as férias coletivas normalmente concedidas nos finais de ano, mesmo após registrarem recorde histórico de produção em 2005.
Vários fatores, como a preparação para o lançamento de novos modelos e a necessidade de atender pedidos das revendedoras para este mês, justificam a estratégia adotada pelas empresas.
Na unidade da Ford em Camaçari (BA) foi concedida uma parada temporária apenas para a área administrativa -que equivale a cerca de 15% do total de empregados da fábrica- durante o período das festas de final de ano.
Portanto a linha de produção, que monta modelos como o EcoSport e o Fiesta, operou de forma contínua. A fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, no entanto, entrou em férias coletivas por duas semanas.
Segunda maior montadora do país, segundo dados até novembro, a General Motors manteve a operação da fábrica de São Caetano do Sul. Com isso, fica garantida a produção do novo modelo Vectra da empresa, que será lançado neste ano. No final de 2004 a produção havia parado.
Na Volkswagen, as unidades de São José dos Pinhais (PR), São Bernardo do Campo, Taubaté e São Carlos (SP) -todas com quase 17 mil pessoas na linha de produção- mantiveram as atividades e operam em turnos normais. Em 2004, as férias variaram de uma semana a dez dias.
A Fiat, a maior empresa do setor no país, com 308 mil automóveis vendidos até novembro, decidiu dar férias coletivas em 2005 em suas fábricas -como em 2004.
Dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) mostram que em 2005 foi atingido o maior nível de produção (2,4 milhões de unidades) da história do setor e o melhor desempenho das exportações (US$ 11,2 bilhões). (AM)


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