São Paulo, quinta-feira, 01 de fevereiro de 2001 |
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INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA Funcionários da Chrysler param por 24 horas no PR RONALDO SOARES DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA E DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Os 250 funcionários da fábrica da Chrysler do Brasil, em Campo Largo (região metropolitana de Curitiba), iniciaram ontem greve de advertência de 24 horas em protesto contra a possibilidade de fechamento da unidade. A greve foi liderada por representantes da Força Sindical e da Federação de Metalúrgicos do Paraná. Eles convenceram os funcionários da montadora a cruzar os braços para que a empresa dê garantias de manutenção dos postos de trabalho. O governador do Paraná, Jaime Lerner (PFL), visitou ontem instalações da Renault, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba). Lerner apresentou números sobre o processo de industrialização do Estado durante sua gestão e disse que o Paraná -que ofereceu incentivos fiscais para atrair a Chrysler- não será prejudicado se a empresa fechar. "Há cláusulas severas (no protocolo que o governo firmou com a empresa) que zelam pelo interesse do Estado", afirmou. A Chrysler comunicou segunda-feira que encerrará este ano a produção da picape Dakota, único veículo fabricado na unidade. A empresa também informou que está estudando a substituição do Dakota por outro modelo. Se não for encontrado um produto que seja economicamente viável para substituir o atual modelo, a unidade será fechada. Os empregados farão assembléia hoje para decidir se continuam ou não com a greve. Garantia ao ministro O Ministério do Trabalho foi informado ontem pela diretoria da DaimlerChrysler no Paraná de que não haverá demissões na fábrica nos próximos 90 dias. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, o ministro Francisco Dornelles (Trabalho) recebeu um telefonema ontem de manhã da direção da montadora. Durante a conversa, houve a garantia de que os 250 trabalhadores da fábrica serão mantidos no emprego pelos próximos três meses. O ministro do Trabalho pedirá ao ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, que agende uma reunião entre a direção da Chrysler e os dois ministérios. No encontro, será discutida a intenção da empresa de desativar a unidade do Paraná. "Para vir para o Brasil, a montadora recebeu incentivos, e o assunto passou pelo governo. Agora, na hora de sair, também tem que passar pelo governo", disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. O líder sindical esteve reunido ontem com Dornelles. Paulinho destacou que, para cada demissão em montadoras, 20 pessoas perdem o emprego na cadeia produtiva. Texto Anterior: Linha branca: Multibrás fecha unidade e demite 1.050 Próximo Texto: Força leva a Dornelles proposta para o FGTS Índice |
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