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CAMINHONEIROS
Esvaziamento faz governo deixar de monitorar paralisação de perto
Líder caminhoneiro 'seguro' greve
DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA e DAS REGIONAIS
O MUBC (Movimento União
Brasil Caminhoneiro) anunciou
ontem que a greve nacional dos
caminhoneiros autônomos continuaria hoje, apesar da violência
no Sul e dos fortes sinais de esgotamento em vários locais.
"É questão de sobrevivência. As
lideranças regionais decidiram,
por unanimidade, continuar a paralisação", disse Nélio Botelho, líder do MUBC.
Em alguns locais, os piquetes seguram ainda a paralisação (leia
texto nesta página). Em outros, a
desmobilização fica clara.
Um exemplo disso foi assembléia realizada ontem de manhã
no pátio da basílica de Aparecida
(170 km de SP): foram distribuídos 3.000 panfletos convocando
para a reunião, mas apenas seis
caminhoneiros participaram. O
MUBC alega "policiamento ostensivo" como fator para o baixo
comparecimento.
O enfraquecimento da greve fez
o governo federal decidir deixar
de se mobilizar para monitorar
seu andamento. Desde a última
sexta-feira, já houve cinco reuniões conjuntas dos ministros dos
Transportes, da Justiça, Casa Civil
e com membros do Gabinete de
Segurança Institucional.
Segundo o Ministério dos
Transportes, não haverá mais
reuniões do alto escalão do governo porque a greve "já não está
mais causando problemas".
De acordo com nota da Polícia
Rodoviária, foram presas 14 pessoas nos três dias de greve -por
apedrejamento de veículos ou por
se envolverem em brigas.
No Paraná, Estado onde a paralisação foi mais forte no início, o
tráfego de caminhões foi ontem
só 30% abaixo do normal, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Em outros Estados, a greve estava ainda mais fraca: no interior de
São Paulo, ela praticamente inexistia, na avaliação dos próprios
sindicalistas. Em Santa Catarina,
não havia mais 15 dos 20 pontos
iniciais de mobilização.
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