São Paulo, quinta-feira, 01 de fevereiro de 2001

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CAMINHONEIROS

Esvaziamento faz governo deixar de monitorar paralisação de perto

Líder caminhoneiro 'seguro' greve



DA SUCURSAL DO RIO

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA DA AGÊNCIA FOLHA e DAS REGIONAIS O MUBC (Movimento União Brasil Caminhoneiro) anunciou ontem que a greve nacional dos caminhoneiros autônomos continuaria hoje, apesar da violência no Sul e dos fortes sinais de esgotamento em vários locais.
"É questão de sobrevivência. As lideranças regionais decidiram, por unanimidade, continuar a paralisação", disse Nélio Botelho, líder do MUBC.
Em alguns locais, os piquetes seguram ainda a paralisação (leia texto nesta página). Em outros, a desmobilização fica clara.
Um exemplo disso foi assembléia realizada ontem de manhã no pátio da basílica de Aparecida (170 km de SP): foram distribuídos 3.000 panfletos convocando para a reunião, mas apenas seis caminhoneiros participaram. O MUBC alega "policiamento ostensivo" como fator para o baixo comparecimento.
O enfraquecimento da greve fez o governo federal decidir deixar de se mobilizar para monitorar seu andamento. Desde a última sexta-feira, já houve cinco reuniões conjuntas dos ministros dos Transportes, da Justiça, Casa Civil e com membros do Gabinete de Segurança Institucional.
Segundo o Ministério dos Transportes, não haverá mais reuniões do alto escalão do governo porque a greve "já não está mais causando problemas".
De acordo com nota da Polícia Rodoviária, foram presas 14 pessoas nos três dias de greve -por apedrejamento de veículos ou por se envolverem em brigas.
No Paraná, Estado onde a paralisação foi mais forte no início, o tráfego de caminhões foi ontem só 30% abaixo do normal, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Em outros Estados, a greve estava ainda mais fraca: no interior de São Paulo, ela praticamente inexistia, na avaliação dos próprios sindicalistas. Em Santa Catarina, não havia mais 15 dos 20 pontos iniciais de mobilização.


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