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Economia dos EUA cresce 3,4% em 2006
Expansão é impulsionada pela queda nas cotações do petróleo; Fed mantém juros na 1ª reunião do ano
DA REDAÇÃO
A economia dos Estados Unidos cresceu 3,4% em 2006, resultado melhor que o esperado
por analistas e superior ao do
ano anterior (3,2%). O PIB
(Produto Interno Bruto) do
país terminou o ano em US$ 11,
541 trilhões. Em 2004, os EUA
se expandiram 3,9%.
A expansão se deve em parte
aos números dos últimos três
meses do ano passado, depois
de resultados decepcionantes
nos dois trimestres anteriores
(2,6% e 2%, respectivamente).
No último trimestre de 2006, a
economia americana cresceu
3,5% na taxa anualizada.
Significa que, se o crescimento no trimestre se repetir nos
nove meses seguintes, será essa
a expansão ao final de 12 meses.
A queda nos preços internacionais do petróleo no segundo
semestre permitiu que o consumidor americano gastasse
menos com combustível e pudesse investir em outras áreas,
impulsionando a economia do
país. O setor imobiliário, que
teve grande desaceleração no
ano, começou a mostrar sinais
de recuperação nos dois últimos meses de 2006.
Os dados divulgados ontem
pelo Departamento de Comércio também mostram queda
nos preços. O índice de gastos
em consumo pessoal registrou
deflação de 0,8% nos três últimos meses de 2006 -o menor
valor desde 1954. Os preços
cresceram 2,4% no terceiro trimestre e 4% entre abril e junho,
segundo o mesmo índice.
O relatório de ontem é a primeira estimativa para o PIB. Os
dados ainda serão revisados
duas vezes, uma neste mês e
outra em março.
Juros inalterados
Com um tom mais otimista
do que o anúncio anterior e por
unanimidade, o Fed (Federal
Reserve, o BC dos EUA) manteve em 5,25% a taxa básica de juros do país. A última elevação
aconteceu na reunião de julho.
Para o organismo, os indicadores recentes apontam para
um crescimento econômico
mais sólido e mostram "alguns
sinais tentadores" de estabilização no setor imobiliário.
Ainda segundo o Fed, a economia deve crescer em ritmo
moderado nos próximos trimestres e as pressões inflacionárias devem se tornar menos
intensas com o passar do tempo. Porém os riscos de inflação
permanecem, diz o órgão.
O presidente do Fed de Richmond, Jeffrey M. Lacker, que
foi o único a votar por um aumento nos juros nas últimas
quatro reuniões de 2006, não
participa das votações neste
ano devido ao esquema de rodízio entre os presidentes dos
"Feds" regionais.
Com agências internacionais
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