São Paulo, quinta-feira, 01 de fevereiro de 2007

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Economia dos EUA cresce 3,4% em 2006

Expansão é impulsionada pela queda nas cotações do petróleo; Fed mantém juros na 1ª reunião do ano

DA REDAÇÃO

A economia dos Estados Unidos cresceu 3,4% em 2006, resultado melhor que o esperado por analistas e superior ao do ano anterior (3,2%). O PIB (Produto Interno Bruto) do país terminou o ano em US$ 11, 541 trilhões. Em 2004, os EUA se expandiram 3,9%.
A expansão se deve em parte aos números dos últimos três meses do ano passado, depois de resultados decepcionantes nos dois trimestres anteriores (2,6% e 2%, respectivamente). No último trimestre de 2006, a economia americana cresceu 3,5% na taxa anualizada.
Significa que, se o crescimento no trimestre se repetir nos nove meses seguintes, será essa a expansão ao final de 12 meses.
A queda nos preços internacionais do petróleo no segundo semestre permitiu que o consumidor americano gastasse menos com combustível e pudesse investir em outras áreas, impulsionando a economia do país. O setor imobiliário, que teve grande desaceleração no ano, começou a mostrar sinais de recuperação nos dois últimos meses de 2006.
Os dados divulgados ontem pelo Departamento de Comércio também mostram queda nos preços. O índice de gastos em consumo pessoal registrou deflação de 0,8% nos três últimos meses de 2006 -o menor valor desde 1954. Os preços cresceram 2,4% no terceiro trimestre e 4% entre abril e junho, segundo o mesmo índice.
O relatório de ontem é a primeira estimativa para o PIB. Os dados ainda serão revisados duas vezes, uma neste mês e outra em março.

Juros inalterados
Com um tom mais otimista do que o anúncio anterior e por unanimidade, o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) manteve em 5,25% a taxa básica de juros do país. A última elevação aconteceu na reunião de julho.
Para o organismo, os indicadores recentes apontam para um crescimento econômico mais sólido e mostram "alguns sinais tentadores" de estabilização no setor imobiliário.
Ainda segundo o Fed, a economia deve crescer em ritmo moderado nos próximos trimestres e as pressões inflacionárias devem se tornar menos intensas com o passar do tempo. Porém os riscos de inflação permanecem, diz o órgão.
O presidente do Fed de Richmond, Jeffrey M. Lacker, que foi o único a votar por um aumento nos juros nas últimas quatro reuniões de 2006, não participa das votações neste ano devido ao esquema de rodízio entre os presidentes dos "Feds" regionais.


Com agências internacionais

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