|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Renda fixa sobe 1,07% e é destaque em janeiro
Bolsa avança 0,38% no mês, e dólar perde 0,61%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A valorização de 1,36% registrada no pregão de ontem não
foi suficiente para que a Bolsa
de Valores de São Paulo se destacasse em janeiro.
No mês, uma carteira atrelada ao Ibovespa (o principal índice da Bolsa, que reúne as 58
ações mais negociadas) acumulou pequena alta de 0,38%.
Mas, dependendo do perfil
do fundo de ação escolhido, a
rentabilidade do investidor pode ter sido bem melhor.
Os fundos FGTS/Vale, por
exemplo, tiveram bom desempenho no mês. É que as ações
ON da Vale do Rio Doce, que
compõem esses fundos, subiram 11,6% em janeiro.
A forte alta registrada ontem
levou o valor do ouro a subir
3,2% no mês na BM&F (Bolsa
de Mercadorias & Futuros).
Mas o mercado de contratos futuros de ouro é utilizado de forma restrita. No pregão de terça-feira, esses papéis movimentaram R$ 1,1 milhão. Na Bovespa,
as ações giraram R$ 3,76 bilhões ontem.
"O ouro teve bom desempenho em janeiro, em razão da alta da cotação do metal no exterior. Similar aos fundos cambiais, continua uma opção conservadora atraente para diversificação, devido ao baixo valor
do dólar no mercado doméstico
e à cotação do ouro no mercado
internacional, que ainda está
num patamar interessante",
afirma o administrador de investimentos Fábio Colombo.
Neste primeiro mês do ano,
as aplicações de renda fixa,
mesmo com a queda dos juros
básicos, acabaram por se destacar entre os investimentos
mais tradicionais.
A renda fixa deu ganho médio de 1,07% em janeiro; os fundos DI, que também pagam juros, subiram algo em torno de
1,03%. E os CDBs deram retorno máximo de 0,98%.
A caderneta de poupança pagou 0,72% no mês.
Com a taxa básica da economia, a Selic, em baixa -caiu de
13,25% para 13% na semana
passada-, as aplicações de renda fixa tendem a pagar menos a
cada mês.
Para o fim do ano, o mercado
prevê que a Selic -referência
para as outras taxas praticadas
no mercado- esteja em torno
de 11,75%.
O dólar oscilou em uma estreita faixa nas últimas semanas. Ontem, a moeda norte-americana fechou a R$ 2,124,
com baixa de 0,61% no mês.
Ânimo extra
O mercado se animou na última hora de pregão de ontem,
após o Fed (o banco central dos
EUA) anunciar sua decisão de
manter a taxa básica em 5,25%.
Investidores interpretaram a
nota emitida pelo Fed após seu
encontro como sinalizadora de
que as pressões inflacionárias
já são um pouco menos preocupantes, o que pode permitir que
os juros sejam reduzidos ainda
neste semestre.
O índice Dow Jones subiu
0,79%, e a Nasdaq, 0,62%.
A Bovespa operava com alta
de 0,42% às 17h, quando terminou a reunião do Fed. A partir
daí, acelerou o ritmo de alta e
fechou seu pregão na máxima
do dia (1,36% de ganho).
O mercado estará atento hoje
à divulgação da ata da última
reunião do Copom, que trará
detalhes sobre os motivos que
levaram os diretores do BC a
cortar a Selic em 0,25 ponto.
Texto Anterior: Vaivém das commodities Próximo Texto: SP concentra mais de 40% da receita de serviços de turismo Índice
|