São Paulo, quinta-feira, 01 de fevereiro de 2007

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Renda fixa sobe 1,07% e é destaque em janeiro

Bolsa avança 0,38% no mês, e dólar perde 0,61%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A valorização de 1,36% registrada no pregão de ontem não foi suficiente para que a Bolsa de Valores de São Paulo se destacasse em janeiro.
No mês, uma carteira atrelada ao Ibovespa (o principal índice da Bolsa, que reúne as 58 ações mais negociadas) acumulou pequena alta de 0,38%.
Mas, dependendo do perfil do fundo de ação escolhido, a rentabilidade do investidor pode ter sido bem melhor.
Os fundos FGTS/Vale, por exemplo, tiveram bom desempenho no mês. É que as ações ON da Vale do Rio Doce, que compõem esses fundos, subiram 11,6% em janeiro.
A forte alta registrada ontem levou o valor do ouro a subir 3,2% no mês na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Mas o mercado de contratos futuros de ouro é utilizado de forma restrita. No pregão de terça-feira, esses papéis movimentaram R$ 1,1 milhão. Na Bovespa, as ações giraram R$ 3,76 bilhões ontem.
"O ouro teve bom desempenho em janeiro, em razão da alta da cotação do metal no exterior. Similar aos fundos cambiais, continua uma opção conservadora atraente para diversificação, devido ao baixo valor do dólar no mercado doméstico e à cotação do ouro no mercado internacional, que ainda está num patamar interessante", afirma o administrador de investimentos Fábio Colombo.
Neste primeiro mês do ano, as aplicações de renda fixa, mesmo com a queda dos juros básicos, acabaram por se destacar entre os investimentos mais tradicionais.
A renda fixa deu ganho médio de 1,07% em janeiro; os fundos DI, que também pagam juros, subiram algo em torno de 1,03%. E os CDBs deram retorno máximo de 0,98%.
A caderneta de poupança pagou 0,72% no mês.
Com a taxa básica da economia, a Selic, em baixa -caiu de 13,25% para 13% na semana passada-, as aplicações de renda fixa tendem a pagar menos a cada mês.
Para o fim do ano, o mercado prevê que a Selic -referência para as outras taxas praticadas no mercado- esteja em torno de 11,75%.
O dólar oscilou em uma estreita faixa nas últimas semanas. Ontem, a moeda norte-americana fechou a R$ 2,124, com baixa de 0,61% no mês.

Ânimo extra
O mercado se animou na última hora de pregão de ontem, após o Fed (o banco central dos EUA) anunciar sua decisão de manter a taxa básica em 5,25%.
Investidores interpretaram a nota emitida pelo Fed após seu encontro como sinalizadora de que as pressões inflacionárias já são um pouco menos preocupantes, o que pode permitir que os juros sejam reduzidos ainda neste semestre.
O índice Dow Jones subiu 0,79%, e a Nasdaq, 0,62%.
A Bovespa operava com alta de 0,42% às 17h, quando terminou a reunião do Fed. A partir daí, acelerou o ritmo de alta e fechou seu pregão na máxima do dia (1,36% de ganho).
O mercado estará atento hoje à divulgação da ata da última reunião do Copom, que trará detalhes sobre os motivos que levaram os diretores do BC a cortar a Selic em 0,25 ponto.


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