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Governo quer banco público liderando corte
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A estratégia do governo
para tentar diminuir os
"spreads" coloca os bancos
públicos na linha de frente.
Cobrados pelo presidente
Lula, o Banco do Brasil e a
Caixa Econômica Federal se
preparam para cortar os seus
juros nos próximos dias, especialmente de linhas dirigidas às empresas, como empréstimos para capital de giro. A ideia é que essa redução
estimule a concorrência e
force as instituições privadas
a seguir o mesmo caminho.
A avaliação da Caixa e do
BB, entretanto, é a de que os
dois podem puxar uma onda
de diminuição de juros somente em alguns tipos de
produtos, como o crédito direto ao consumidor, que têm
mais garantias. Como o risco
é menor, é mais fácil reduzir
esses "spreads".
Outra possibilidade estudada pelo governo é a de divulgar periodicamente um
ranking dos bancos segundo
os "spreads" cobrados, da
mesma forma já feita com as
tarifas. Essa medida ainda
não é consenso.
Para alguns membros da
equipe econômica, ela teria
consequências políticas
ruins por significar uma
guerra aberta aos bancos.
Além disso, seus efeitos não
são garantidos. Segundo especialistas, um banco pode
ter "spreads" pequenos, mas
cobrar juros elevados dos
clientes. Melhor seria destacar o custo final do crédito.
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