São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2009

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Governo quer banco público liderando corte

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A estratégia do governo para tentar diminuir os "spreads" coloca os bancos públicos na linha de frente.
Cobrados pelo presidente Lula, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal se preparam para cortar os seus juros nos próximos dias, especialmente de linhas dirigidas às empresas, como empréstimos para capital de giro. A ideia é que essa redução estimule a concorrência e force as instituições privadas a seguir o mesmo caminho.
A avaliação da Caixa e do BB, entretanto, é a de que os dois podem puxar uma onda de diminuição de juros somente em alguns tipos de produtos, como o crédito direto ao consumidor, que têm mais garantias. Como o risco é menor, é mais fácil reduzir esses "spreads".
Outra possibilidade estudada pelo governo é a de divulgar periodicamente um ranking dos bancos segundo os "spreads" cobrados, da mesma forma já feita com as tarifas. Essa medida ainda não é consenso.
Para alguns membros da equipe econômica, ela teria consequências políticas ruins por significar uma guerra aberta aos bancos. Além disso, seus efeitos não são garantidos. Segundo especialistas, um banco pode ter "spreads" pequenos, mas cobrar juros elevados dos clientes. Melhor seria destacar o custo final do crédito.


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