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Calabi acredita na
reação das empresas
da Reportagem Local
O presidente do Banco do Brasil,
o economista Andrea Calabi, aposta na capacidade das empresas
brasileiras de reagirem positivamente às novas taxas de câmbio.
"A passagem de um regime para
o outro não é calma, mas as empresas modernizaram-se e darão uma
resposta daqui para frente, avalia.
A flexibilidade cambial, segundo
ele, permitirá uma remanejamento
de preços relativos na economia,
de forma a promover o crescimento e até baixar os atuais índices recordes de desemprego, com queda
nas taxas de juros de forma mais
rápida que a permitida pela política cambial anterior.
Com isso, Calabi afirma que, se o
governo conseguir reduzir o déficit
público, a taxa de investimento
chegará a 20% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas pelo país), uma
taxa considerada satisfatória.
O presidente do Banco do Brasil
argumenta que o principal ponto a
ser corrigido na contas públicas é a
Previdência Social.
Os investimentos diretos, diz ele,
são pouco afetados pela atual crise,
que interrompe os fluxo de capitais de curto prazo para os mercados chamados emergentes.
"Em 98 tivemos cerca de US$ 20
bilhões de investimentos diretos,
que financiaram 60% do nosso déficit em contas correntes. Em 99,
será difícil que não superemos os
US$ 15 bilhões em investimentos
diretos." Para ele, "as empresas estrangeiras reconhecem o tamanho
do mercado brasileiro e estão mostrando que buscam os mercados
internacionais a partir do Brasil."
O presidente do Banco do Brasil
critica qualquer projeto para a economia brasileira que não leve em
conta a necessidade de integração
com a economia mundial.
"Estamos em etapa de reformulação da política cambial e acredito
que o mercado possa convergir de
forma mais equilibrada nas próximas semanas. Com equilíbrio fiscal poderemos crescer", avalia.
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