São Paulo, segunda, 1 de fevereiro de 1999

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Calabi acredita na reação das empresas

da Reportagem Local

O presidente do Banco do Brasil, o economista Andrea Calabi, aposta na capacidade das empresas brasileiras de reagirem positivamente às novas taxas de câmbio.
"A passagem de um regime para o outro não é calma, mas as empresas modernizaram-se e darão uma resposta daqui para frente, avalia.
A flexibilidade cambial, segundo ele, permitirá uma remanejamento de preços relativos na economia, de forma a promover o crescimento e até baixar os atuais índices recordes de desemprego, com queda nas taxas de juros de forma mais rápida que a permitida pela política cambial anterior.
Com isso, Calabi afirma que, se o governo conseguir reduzir o déficit público, a taxa de investimento chegará a 20% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas pelo país), uma taxa considerada satisfatória.
O presidente do Banco do Brasil argumenta que o principal ponto a ser corrigido na contas públicas é a Previdência Social.
Os investimentos diretos, diz ele, são pouco afetados pela atual crise, que interrompe os fluxo de capitais de curto prazo para os mercados chamados emergentes.
"Em 98 tivemos cerca de US$ 20 bilhões de investimentos diretos, que financiaram 60% do nosso déficit em contas correntes. Em 99, será difícil que não superemos os US$ 15 bilhões em investimentos diretos." Para ele, "as empresas estrangeiras reconhecem o tamanho do mercado brasileiro e estão mostrando que buscam os mercados internacionais a partir do Brasil."
O presidente do Banco do Brasil critica qualquer projeto para a economia brasileira que não leve em conta a necessidade de integração com a economia mundial.
"Estamos em etapa de reformulação da política cambial e acredito que o mercado possa convergir de forma mais equilibrada nas próximas semanas. Com equilíbrio fiscal poderemos crescer", avalia.



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